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Como a Telelok ajudou a cop-30 acontecer na Amazônia

Sob a liderança de Nelson Domingues, a empresa expandiu seu papel histórico em eventos globais e assumiu responsabilidades estratégicas na COP-30, construindo um hotel em tempo recorde e coordenando parte da infraestrutura que transformou Belém para receber líderes de todo o mundo

Por Redação

Foto: Divulgação


Em novembro de 2025, todos os olhares se voltaram para Belém do Pará. A capital paraense, que pulsa entre o rio e a floresta, foi palco da COP-30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Pela primeira vez, o encontro ocorreu no coração da Amazônia, reunindo mais de 50 mil participantes, entre chefes de Estado, delegações internacionais, cientistas, ONGs, jornalistas e representantes da sociedade civil. O simbolismo não poderia ter sido maior: discutir o futuro do planeta dentro da região que concentra a maior floresta tropical do mundo.

A grandiosidade do evento foi acompanhada por um investimento sem precedentes. O Brasil destinou mais de R$ 4,7 bilhões em obras de mobilidade, saneamento, hospedagem, portos e equipamentos urbanos. Belém se transformou em um canteiro de obras: o aeroporto internacional foi modernizado, a rede hidroviária ampliada, os terminais portuários revitalizados para receber até navios-hotel, e o Parque da Cidade, construído com R$ 980 milhões, foi entregue para abrigar as áreas oficiais da conferência, a blue zone e a green zone.

Ao mesmo tempo, a cidade correu contra o tempo para resolver gargalos históricos, como a macrodrenagem da Bacia do Tucunduba e obras de saneamento que beneficiaram meio milhão de pessoas. Em pouco mais de um ano, Belém foi reconstruída para receber o mundo.

 

O salto da Telelok

Nesse contexto de urgência e transformação, empresas brasileiras assumiram papéis fundamentais. Entre elas esteve a Telelok, tradicionalmente reconhecida pela locação de mobiliário corporativo e para eventos. Sob a liderança do CEO Nelson Domingues, a companhia deu um salto ousado: ampliou seu escopo e atuou diretamente na infraestrutura que permitiu a COP-30 acontecer.

“Quando surgiu a confirmação da COP-30 em Belém, comecei a ir pessoalmente à cidade para entender a dimensão do desafio”, relembra Domingues. “Não se tratava apenas de montar estandes ou oferecer mobiliário, mas de participar de algo muito maior: a construção de uma estrutura que transformaria a cidade e ficaria como legado.”

A decisão não foi inédita. Nos últimos 20 anos, a Telelok havia participado de grandes marcos, como a Rio+20, a Copa do Mundo, a Copa América e os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Experiências que mostraram à empresa a complexidade de lidar com prazos curtos, demandas multilaterais e exigências internacionais. Ainda assim, segundo Domingues, a COP-30 foi o maior desafio já enfrentado: “Nunca fizemos algo tão grande em um único local. A escala foi impressionante.”

 

O hotel Vila dos Líderes

Um dos primeiros compromissos da Telelok em Belém foi inesperado: a construção de um hotel. Em parceria com a DMDL, maior montadora de eventos do Brasil e parceira em diversos projetos, nasceu o Vila dos Líderes. O empreendimento foi erguido em apenas oito meses, com 405 suítes distribuídas em seis blocos de três andares, utilizando 840 toneladas de aço em sistema steel deck, que é sistema construtivo industrializado que combina chapas metálicas perfiladas (normalmente em aço galvanizado) com concreto armado, formando uma laje mista. O steel deck foi fundamental para erguer os seis blocos do hotel em apenas oito meses, algo praticamente impossível com sistemas construtivos convencionais.

“Foi um desafio quase impossível: levantar um hotel em tempo recorde, com padrão internacional de segurança e conforto. Transferimos gerentes para Belém, acompanhamos cada etapa e entregamos antes mesmo do prazo”, explica Domingues. O hotel serviu como base para chefes de Estado e delegações e, com o término da COP-30, passará por retrofit para se transformar no novo Centro Administrativo do Governo do Pará.

A versatilidade da obra é um exemplo de como os investimentos da COP não se restringiram ao evento, mas deixaram marcas permanentes na cidade.

 

A engrenagem invisível da COP-30

Enquanto os olhos do mundo se voltavam para os discursos e negociações, havia uma engrenagem invisível que precisava funcionar com precisão. A Telelok, novamente em parceria com a DMDL, foi responsável por parte significativa dessa estrutura: 125 mil m² de tendas no Parque da Cidade, sistemas de climatização, energia, cabines de tradução simultânea, iluminação, áreas de alimentação, segurança e limpeza.

“Foram mais de 800 colaboradores entre a obra do hotel e o evento em si. Foi praticamente uma operação olímpica”, compara o CEO. Para viabilizar o projeto, a empresa precisou realocar mão de obra de diversas partes do Brasil e montar alojamentos próprios para hospedar equipes a 40 minutos da capital.

Os desafios são diversificados: 65 veículos com motoristas bilíngues para atender delegações, centenas de profissionais de segurança, toneladas de equipamentos de TI e uma rede de fornecedores locais e nacionais que se integrou em tempo real. “Após a construção, entra a operação com escopo de facilities management para operar os espaços entregue”, resume Domingues.

 

Desafios e oportunidades

A falta de infraestrutura hoteleira em Belém foi apontada como o maior gargalo. “Não existiam hotéis cinco estrelas suficientes para hospedar chefes de Estado, e o alojamento de visitantes foi um grande desafio”, admite Domingues. A solução incluiu navios-hotel, escolas transformadas em hostels e uma verdadeira engenharia de hospedagem.

Ainda assim, o legado é inegável: novos hotéis, saneamento, mobilidade, porto revitalizado e um parque moderno que ficará para a população. Para a Telelok, o saldo também foi positivo. “Esse projeto nos mostrou que podemos ir além da locação de mobiliário. Estamos preparados para atuar em construção, concessões públicas e soluções integradas. O mercado corporativo segue importante, mas se tornou pequeno diante do que podemos realizar”, avalia o CEO.

 

Um futuro em expansão

Com quase quatro décadas de história, a Telelok se projeta em uma nova fase. O que começou como uma empresa de locação de móveis se tornou um grupo capaz de construir hotéis, gerir estruturas temporárias de escala mundial e entregar soluções completas em facilities e eventos.

Para Nelson Domingues, a experiência da COP-30 foi mais do que um desafio empresarial: foi a confirmação de que o Brasil possui competência técnica, capacidade de inovação e resiliência para realizar o que parecia impossível. “Assim como a COP-30 marcou a liderança do país na agenda climática, ela também nos permitiu mostrar que empresas brasileiras podem competir em alto nível e entregar excelência para o mundo”, conclui.


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