Por Ricardo Baracat

O setor de logística tem sido um dos mais estratégicos para o desenvolvimento econômico do país e as obras de expansão continuam com os grandes players do setor para atender, por exemplo, a demanda do e-commerce. Do outro lado, temos os demandantes a procura de galpões com melhor qualidade de instalação e com uma operação eficiente e que seja capaz de acomodar produtos secos, eletrônicos, alimentícios, farmacêuticos etc. com o melhor custo-benefício e com soluções diferenciadas para suas demandas, que atualmente incluem práticas de ESG para assim competir no mercado logístico.

Cientes dos desafios atuais, players do setor focam em estruturar estratégias para aprimorar as soluções e serviços prestados com frequentes investimentos em inovação tecnológica. E o gerenciamento profissional desses equipamentos logísticos complementam esse ecossistema.

Quero pontuar que sou um grande defensor de que os ocupantes/locatários de galpões logísticos devem exercer os benefícios financeiros e operacionais de locarem áreas em parques logísticos ao invés de galpões onde são monousuários, pois quanto maior o centro logístico, maior o volume de empresas para ratear os custos de tudo isso, diminuindo o tamanho da despesa para cada um. Isso porque, financeiramente, são diversos os serviços onde a contratação é rateada entre todos os ocupantes/ locatários do condomínio logístico, tais como os serviços de segurança, portaria, manutenção de sistemas de segurança, manutenção de sistemas de combate a incêndio, limpeza de reservatório de água, jardinagem, limpeza da área externa (comum), manutenção preventiva de cobertura, entre outros, além da própria administração condominial para gerenciar tudo isso. Claro que o galpão com perfil monousuário é uma opção para determinadas estratégias de negócio.

Enquanto administradores de espaços logísticos, acreditamos que os benefícios operacionais nos galpões condominiais são ainda mais impactantes que os financeiros, pois é necessário tranquilidade para ter um gerenciamento correto, que pode minimizar e muito as contingências com segurança, incêndio, limpeza e conservação, espaços adequados para carga e descarga de produtos etc. Enfim, na prática, isso significa garantir a boa gestão de todos os serviços condominiais, da área externa ou da área comum, para que os ocupantes/locatários se preocupem apenas com sua operação e com seu negócio.

Outro ponto importante que quero destacar é que a maioria dos gestores não fazem de fato um check-list de “move-in” e “move-out” quando da entrada e/ou devolução de seus galpões. Assim, destaco aqui nove caminhos que devem ser observados, para minimizar os riscos na hora da devolução do imóvel logístico: Conhecer o Laudo de Vistoria de Entrada (move in); Definir um responsável pela manutenção dos itens apresentados no Laudo; Criar um check-list de verificação Mensal; Contratar Vistoria Técnica Periódica; Desenvolver parceiros de qualidade para executar as manutenções; Se comunicar com o Proprietário pontuando as manutenções no decorrer do contrato; Iniciar reparos com antecedência de 6 meses da entrega do imóvel; Solicitar Vistoria de Entrega (move out) com 1 mês de antecedência da entrega do imóvel; e evidenciar formalmente a entrega da área.