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Como hotelaria hospitalar sustenta excelência do cuidado

Um retrato da área de hotelaria hospitalar que sustenta a excelência em saúde

Por Vitor Silva

Como hotelaria hospitalar sustenta excelência do cuidado


A hotelaria hospitalar deixou de ser um “coadjuvante silencioso” para assumir papel estratégico nas unidades de saúde brasileiras. Essa é a principal mensagem que emerge do Estudo Estruturado de Caracterização da Hotelaria Hospitalar no Brasil, realizado pelo consultor Vitor Silva, referência na área e criador do movimento Galera do Subsolo. A pesquisa inédita foi realizada entre os dias 22 e 28 de setembro de 2025, com 95 hospitais respondentes, distribuídos em 16 estados e 50 cidades, representando 24.200 leitos em todo o país.

 

Escopo ampliado e heterogêneo

O levantamento reforça a percepção de que o conceito de hotelaria hospitalar no Brasil é heterogêneo, extrapola fronteiras tradicionais e vai muito além da limpeza e lavanderia. Tornou-se um verdadeiro hub de serviços de apoio que impacta diretamente na experiência do paciente, no desfecho clínico e na sustentabilidade das
operações de saúde.

Entre os dados levantados, chama atenção a distribuição dos hospitais participantes: 42% possuem entre 101 e 200 leitos, enquanto apenas 12% contam com mais de 500 leitos. Essa composição mostra que a pesquisa reflete, sobretudo, a realidade de instituições de médio porte, maioria no sistema de saúde brasileiro.

 

Higiene, limpeza e indicadores de qualidade

A área de higiene e limpeza se destaca como um dos pilares da hotelaria hospitalar. O estudo revela que 91% dos hospitais realizam auditoria/validação de limpeza, e em 78% deles são gerados indicadores para melhoria contínua. Os métodos mais utilizados ainda são os visuais e checklists (55%), mas cresce a adoção de tecnologias como luz negra (31%) e ATP (13%), que aumentam a confiabilidade dos resultados.

Outro dado relevante é que, em 75% dos hospitais, a validação da limpeza é feita em conjunto entre hotelaria e Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), reforçando a integração entre áreas técnicas e operacionais.

 

Lavanderia, enxoval e RFID

O serviço de lavanderia é majoritariamente terceirizado: 75% dos hospitais contratam serviços externos, enquanto apenas 25% mantêm operação interna. Já o uso de RFID no enxoval hospitalar aparece como tendência clara de redução de desperdícios, em média 15% menor nas instituições que adotam a tecnologia, além de ganhos em segurança e rastreabilidade.

 

Gestão de resíduos ainda é um desafio

Mesmo com a criação de setores ambientais em alguns hospitais, a hotelaria ainda responde pela gestão de resíduos em 61% dos casos, incluindo a emissão de Manifestos de Transporte de Resíduos (MTRs). Esse dado acende alerta de que apesar da crescente complexidade técnica desse tema, a responsabilidade continua recaindo sobre gestores da hotelaria, exigindo maior capacitação e especialização.

 

Hospitalidade como o próximo passo

Quando o assunto é hospitalidade, o estudo mostra que o serviço de concierge ainda é exceção, pois apenas 23% dos hospitais oferecem essa função, enquanto 49% sequer contam com estrutura correlata. No entanto, quando presente, esse serviço amplia o acolhimento ao paciente e familiares, atuando como elo não assistencial que melhora a experiência e libera o time clínico para focar no cuidado.

 

Um campo em transformação

Segundo o próprio Vitor Silva, a pesquisa tem escopo propositalmente voltado para o olhar de facilities services, mas aponta uma evolução clara de que a hotelaria hospitalar deixou de ser suporte e se tornou instrumento estratégico da gestão em saúde. “Hoje, ela é parte indissociável da assistência, elevando o patamar de qualidade, humanização e percepção de valor nos serviços hospitalares”, reforça.

Por fim, a pesquisa mostra que a hotelaria hospitalar brasileira está em pleno processo de maturidade, incorporando novos serviços, tecnologias e responsabilidades. É um setor que, apesar dos desafios, se consolida como eixo estratégico para a excelência operacional e a experiência do paciente.


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