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Terceiro trimestre do ano é marcado por taxas de vacância baixas e preços altos

Dados da Colliers e Cushman & Wakefield colocam em perspectiva o mercado imobiliário de São Paulo e regiões próximas.

Por Mateus Murozaki

São Paulo apresenta taxa de vacância menor que 10%

Foto: Canva.com/diegograndi

No terceiro semestre de 2023, as taxas de vacância em condomínios logísticos de alto padrão ficaram abaixo ou igual a 10% em 13 estados e no Distrito Federal, de acordo com pesquisa feita pela Colliers.
De acordo com o estudo, a absorção líquida entre julho e setembro foi positiva, mesmo com as novas entregas mantendo uma taxa de vacância em 10%. Especificamente em São Paulo, a absorção bruta foi de aproximadamente 382 mil m², com Guarulhos apenas registrando 257 mil m² locados. Empresas ligadas ao setor de e-commerce representam 66% do inventário locado na região.

Apesar disso, houve uma redução na representatividade do inventário do estado de São Paulo, que diminuiu de 62% em 2016 pra 55% em 2023. Isso se dá pelo crescimento acelerado de outros estados, em especial Minas Gerais e Espírito Santo, cujas participações cresceram de 4% para 9% e 1% para 4%, respectivamente.

"Assim como observado no segundo trimestre de 2023, o mercado de condomínios logísticos de alto padrão segue aquecido. Vemos isso pelo volume de locações, pelo aumento significativo dos preços e pelo baixo estoque disponível, principalmente em empreendimentos localizados próximos das grandes capitais", comenta Ricardo Betancourt, Executive Chairman da Colliers.

O preço médio dos condomínios logísticos apresentou alta no trimestre, encerrando a R$24,1/m² por mês. Os estados com maiores preços são a Bahia (R$28,5/m²/mês), seguido por Amazonas (28,0/m²/mês) e Paraná (R$27,1/m²/mês). Apesar disso, a capital paulista apresenta um preço médio de R$36,4/m²/mês, enquanto Guarulhos e o Grande ABC tem o preço médio de R$31,9/m²/mês e R$28,5/m²/mês, respectivamente. No total, o preço médio do estado de São Paulo é de R$25,1/m²/mês.

Aumento de vacância e no volume de entregas de lajes corporativas

Em termos de escritórios corporativos de alto padrão, São Paulo apresentou um aumento de 0,46% em relação ao trimestre anterior, um aumento previsto devido ao alto número de áreas entregues que, de acordo com o diretor executivo da Cushman & Wakefield, Daniel Battistella, foram 22,7 mil m² em dois empreendimentos em Pinheiros e na Vila Olímpia. Com isso, a taxa de vacância de São Paulo chegou a 23,62%.

Ainda de acordo com a Cushman & Wakefield, a quantidade de locações de São Paulo chama a atenção, com 70.485m² no terceiro trimestre. Chucri Zaidan é a região que tem registrado o maior número de locações (17.880m²), seguido de JK (11.183m²) e Vila Olímpia (9.137m²). Se for considerar o ano todo, a cidade tem 155.714 m² de novas locações.

A média de preço ficou em R$105,76 m² ao fim do trimestre, representando um acréscimo de 2,34% em relação ao trimestre anterior. Como regiões mais caras da cidade, se destacam o Itaim (R$282,27/m²) e Faria Lima (R$204,12/m²); já as mais baratas são Santo Amaro (R$32,32/m²) e Chácara Sto. Antônio (R$85,06/m²).


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