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Inteligência artificial, requalificação e novas oportunidades

Empresas aceleram adoção de IA e Big Data, enquanto trabalhadores buscam qualificação para atender às novas demandas do mercado

Empresas aceleram adoção de IA e Big Data, enquanto trabalhadores buscam qualificação para atender às novas demandas do mercado

A quinta edição do estudo “Futuro do Trabalho”, conduzida pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) no Brasil, revela um panorama impactante sobre as transformações que o mercado de trabalho deve enfrentar até 2030. Segundo o levantamento, 65% dos trabalhadores estão considerando programas de requalificação para se adaptar às mudanças no ambiente profissional. Paralelamente, 78% dos empregadores planejam incorporar inteligência artificial, análise de dados e inovação nas suas operações.

A pesquisa analisa os principais fatores que impactam os empregos, as habilidades necessárias para os profissionais e as estratégias que podem ser implementadas pelas empresas para enfrentar essas transformações. Entre as principais macrotendências identificadas, destacam-se a ampliação do acesso digital, que 60% dos respondentes apontam como uma das mudanças mais transformadoras, especialmente nos campos da IA e processamento de informações (86%), robótica e automação (58%) e transição energética (41%).

Impactos no Mercado Global

Além das inovações tecnológicas, o estudo destaca outros fatores que influenciarão significativamente o mercado de trabalho nos próximos cinco anos, como fragmentação geoeconômica, incerteza econômica, mudanças demográficas e transição verde. Segundo Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação, Inteligência Artificial e Tecnologias Digitais da FDC, “em todos os casos identificados, observa-se um impacto direto na produtividade e uma demanda crescente por qualificação de mão de obra.”

As mudanças estruturais também refletirão na criação e eliminação de postos de trabalho. O estudo projeta que:

•             92 milhões de empregos atuais serão substituídos até 2030 (8% do total atual);

•             170 milhões de novos empregos serão criados (22% do total atual);

•             Saldo final: 78 milhões de empregos adicionados (7% do volume atual).

 

Profissões em Declínio e em Ascensão

A autômatação e a digitalização impactarão diretamente algumas funções tradicionais, tornando obsoletos postos de trabalho como funcionários de serviços postais, caixas bancários, operadores de entrada de dados e atendentes de telemarketing. Em contrapartida, novas oportunidades emergem em funções ligadas à tecnologia e à sustentabilidade, como especialistas em Big Data, engenheiros de fintech, especialistas em IA e machine learning, analistas de segurança da informação e engenheiros de energia renovável.

Capacitação para o Futuro

No Brasil, a defasagem de habilidades é um dos principais desafios para a transformação do mercado. O estudo aponta que 37% das competências necessárias para os trabalhadores precisarão mudar nos próximos cinco anos. Como resposta, 88% das empresas brasileiras pretendem investir no aprimoramento das habilidades de suas equipes, com foco em IA, Big Data, pensamento crítico e alfabetização tecnológica.

As competências mais relevantes para o futuro, segundo o estudo, incluem:

1.            Pensamento analítico

2.            Resiliência, flexibilidade e agilidade

3.            Liderança e influência social

4.            Pensamento criativo

5.            Alfabetização tecnológica

6.            Empatia e escuta ativa

7.            Curiosidade e aprendizado contínuo

8.            IA e Big Data

9.            Gestão de talentos

10.         Confiabilidade e atenção aos detalhes

Hugo Tadeu ressalta que é necessário “revisitar o papel da gestão de pessoas, substituindo uma agenda baseada em regras e normas por um debate estratégico mais qualificado.” Ele destaca quatro recomendações essenciais para as empresas brasileiras:

1.            Inserir a gestão de pessoas na agenda estratégica das organizações, alinhando os perfis profissionais às transformações tecnológicas.

2.            Reavaliar investimentos em treinamento, priorizando qualificação em novas tecnologias digitais.

3.            Compreender que a velocidade das transformações no mercado supera o tempo de formação universitária tradicional, tornando fundamental que as empresas invistam na capacitação interna.

4.            Criar mecanismos eficazes para avaliar o impacto das novas competências na produtividade e nos resultados empresariais.

Metodologia do Estudo

O estudo foi conduzido entre maio e setembro de 2024, com a participação de mais de 1.000 empregadores globais. Os dados foram coletados por meio da plataforma Qualtrics e complementados por informações de plataformas especializadas do Fórum Econômico Mundial e da Fundação Dom Cabral.

 

 


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