Fidelizar talentos e engajar em tempos de práticas de desistência silenciosa

Como fidelizar os talentos e manter engajamento em tempos de práticas de desistência silenciosa, por Cristiane Fiorezzi, Diretora de RH da Otis.

Por Cristiane Fiorezzi

Fidelizar talentos e engajar em tempos de práticas de desistência silenciosa


A fidelização dos talentos e o engajamento das equipes são as chaves de ouro de qualquer empresa, independentemente de seu tamanho ou segmento de atuação. Esses grandes desafios para os executivos de Recursos Humanos se somam ao movimento contemporâneo, acentuado pela pandemia, do quiet quitting ou, em português, da desistência silenciosa.

O primeiro passo básico para uma gestão eficaz, aplicado inclusive no recrutamento, é considerar que todos se identifiquem com a organização: os valores e tudo aquilo que é inegociável precisam fazer parte das crenças das pessoas. Na Otis, nós os chamamos de Absolutos, pois é exatamente assim, ao pé da letra, que os encaramos. A Ética, a Qualidade e a Segurança estão presentes em absolutamente tudo o que fazemos.

Depois, é necessário e fundamental olhar para a cultura. Uma cultura forte é percebida e vivida, com pilares e comportamentos que norteiam o trabalho e a estratégia de pessoas.

E claro, cultivar os talentos de forma consistente. Minha experiência me mostra que colaboradores se sentem valorizados quando vistos em sua diversidade e em sua individualidade. Além dos já esperados e desejados desenvolvimento profissional, reconhecimento e oportunidades de carreira, só conseguimos engajar e calcular (ou recalcular) a rota na medida certa se escutamos o que cada colega tem a dizer.

A escuta ativa de nossas equipes é o que nos permite navegar bem neste movimento de desistência silenciosa. Depois de escutar, partir para ação com o apoio dos líderes, de acordo com o que faz sentido para suas equipes.

Há alguns anos, mensuramos e qualificamos as percepções na empresa duas vezes ao ano e de forma global por meio da pesquisa de engajamento. Buscamos garantir representatividade nas respostas e, além da participação superior a 80% de nossa equipe no Brasil, observamos os grupos hierárquicos, as diferentes gerações e gêneros. Globalmente, uma de nossas metas ESG é aumentar a favorabilidade dos colegas para a categoria de cultura inclusiva na pesquisa em 4 pontos percentuais até 2025. Em 2022, 72% concordaram com a afirmação “Nossa equipe tem um clima no qual diversas perspectivas são valorizadas”, representando uma melhoria de 1 ponto em relação à nossa linha de base de 71%.

Também precisamos nos lembrar que o mundo mudou e líderes precisam desaprender e reaprender todos os dias. Investir em sua formação representa dar condições para o desenvolvimento de habilidades novas, como a gestão emocional e descentralizada das equipes.

Todos na empresa devem ter os recursos necessários para receberem informações relevantes da empresa. Esse desafio é maior em empresas com uma força de trabalho tão diversa como a nossa, desde os profissionais da fábrica e do campo até administrativos, e é fundamental que todos se sintam incluídos e aproveitem todas as oportunidades.

Convido todos os colegas de Recursos Humanos a escutarem ativamente e se comunicarem com todos sem barreiras para poderem agir estrategicamente. A relação sustentável com o trabalho não é um sonho novo. Todos somos impactados com a desistência silenciosa, contudo precisamos utilizar os inputs das pessoas para fazer algo relevante e bom para todos.


Veja também

Conteúdos que gostaríamos de sugerir para a sua leitura.

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca

Mais lidas da semana

Mercado

Newset quer jogar luz sobre a "caixinha preta" da climatização corporativa

Educar para transformar a contratação de serviços de manutenção em ar-condicionado

Workplace

Swile reposiciona escritório com base em estudo de geolocalização

Empresa usou dados de deslocamento da equipe para escolher novo endereço e transformar escritório em ferramenta de bem-estar e engajamento

Operações

Em 2025, a linguagem que você precisa falar é a do ESG

Entender o vocabulário ESG não é mais diferencial, é necessidade estratégica.

Mercado

PodeSubir é um startup que transformou o “pode subir” em experiência digital

Com crachás digitais, reconhecimento facial e independência de hardware

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Por que o esg da Globo deveria estar no seu radar?

O Relatório ESG 2024 da Globo destaca avanços na agenda ambiental da empresa.

Revista InfraFM

Infraestrutura sob controle e os bastidores do Facility Management na cart

Por dentro da operação que garante eficiência, segurança e sustentabilidade em mais de 400 km de rodovias

Revista InfraFM

Prédio limpo, negócio forte!

Como a opinião do cliente final está moldando o futuro da limpeza profissional

Revista InfraFM

Infraestrutura Hospitalar como Pilar de Excelência

Como a gestão estratégica de Engenharia, Real Estate e Facilities contribui para consolidar o Hospital Israelita Albert Einstein como referência mundial

Operações

Monitoramento em tempo real otimiza produção em 18% na Visteon Amazonas

Ricardo Tanko Vasconcellos, Quality Manager da multinacional, fala sobre importância da sinergia entre áreas para um processo contínuo de melhorias.

Operações

Retrofit gera mais de R$3 milhões de economia para operação de shopping

Gerente de operações do Shopping Praça da Moça e coordenador de Operações do Grupo AD falam sobre desafios e resultados das implementações.

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP