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Refúgio do caos urbano: quais são os desafios de gerir parques em São Paulo?

Wagner Neves comenta trajetória no Parque do Povo e no Cemucam, destacando inovação, sustentabilidade e engajamento comunitário.

Por Natalia Gonçalves

Refúgio do caos urbano: quais são os desafios de gerir parques em São Paulo?

A horta coletiva do Cemucam promove educação ambiental e sustentabilidade com a participação ativa de moradores e visitantes. Foto: Divulgação


Gerenciar parques em São Paulo é uma tarefa que exige criatividade e visão estratégica. Para Wagner Neves, administrador do Parque do Povo e do Cemucam, o envolvimento da comunidade é essencial para garantir a preservação e o bom uso dos parques. Atualmente, o profissional lida com o desafio de gerenciar dois espaços com características e públicos muito diferentes.

O Parque do Povo, no Itaim Bibi, é cercado por arranha-céus e recebe majoritariamente um público das classes A e B, focado em eventos culturais e esportivos. Já o Cemucam, localizado em Cotia, é um espaço mais natural e acessível, atraindo visitantes de diversas classes sociais, especialmente famílias.

Refúgio do caos urbano: quais são os desafios de gerir parques em São Paulo?

O Parque do Povo pode ser um respiro verde em meio a agitação de São Paulo. Foto: Divulgação


“O Cemucam tem um perfil mais rústico. É um parque que combina lazer acessível e preservação ambiental. Lá, você pode fazer um piquenique gastando apenas 10 reais. É um passeio para todos os públicos”, explica Wagner. Ele também destaca que a localização do parque atrai visitantes tanto da capital quanto das cidades vizinhas, como Carapicuíba e Osasco.

Além disso, o Cemucam abriga o maior viveiro de produção de árvores nativas da América Latina. “Esse viveiro é essencial para o reflorestamento na cidade. Produzimos árvores de grande porte que ajudam a reverter áreas degradadas e a melhorar o clima urbano”, destaca Wagner.

Refúgio do caos urbano: quais são os desafios de gerir parques em São Paulo?


Desafios da administração

A gestão de um parque em São Paulo envolve lidar com a diversidade de demandas e recursos limitados. Wagner, que já chegou a administrar até cinco parques ao mesmo tempo, enfatiza a dificuldade de manter presença constante em todos eles. “Quando você acumula vários parques, acaba priorizando aqueles com maiores demandas. No Cemucam, por exemplo, recebo mais de 30 mil visitantes por fim de semana”, relata.

Ele também menciona que a falta de servidores públicos é um obstáculo recorrente. “A equipe está cada vez mais enxuta, o que nos obriga a ser criativos e buscar parcerias para atender às demandas dos parques.”

Com mais de uma década de experiência, Wagner trouxe inovações importantes para os parques sob sua gestão. No Cemucam, ele implantou um circuito de mountain bike com 8 km de extensão, o único público na cidade de São Paulo. “Essa trilha foi usada como laboratório pelos atletas das Olimpíadas de 2016. É uma conquista que coloca o Cemucam no mapa do esporte”, diz.

Ainda no Cemucam, ele promoveu o plantio de 5 mil árvores e a criação de trilhas inclusivas para pessoas com mobilidade reduzida. Essas iniciativas não apenas melhoraram o acesso, mas também reforçaram o papel do parque como um espaço de educação ambiental. “Educar é fundamental. Sem isso, não vamos garantir um futuro sustentável. Cada parque deve ser um espaço onde as pessoas aprendem a cuidar do planeta”, enfatiza.

Refúgio do caos urbano: quais são os desafios de gerir parques em São Paulo?

Os canteiros da horta do Cemucam são cultivados com técnicas de compostagem e cuidados orgânicos. Foto: Divulgação


No Parque do Povo, a realização de eventos culturais e esportivos transformou o local em um ponto de encontro para o público da região. “Esse parque é como o quintal das pessoas que vivem em uma selva de pedra. Ele oferece qualidade de vida e um refúgio do caos urbano”, define Wagner.

Neste sentido, Wagner também destaca a importância da ocupação ativa dos parques pela comunidade, especialmente em áreas mais vulneráveis. “Quando o parque é abandonado, ele pode se tornar um espaço para o crime. Nossa missão é atrair as pessoas para que elas sintam que o parque é delas.”


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