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Mercado de carbono

Mais do que compensar, é preciso reduzir!

Com as boas práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) ganhando cada vez mais força não apenas no ambiente corporativo mas em toda a sociedade, um assunto que também é impulsionado é o mercado de créditos de carbono. De forma resumida, trata-se do sistema de compensação de emissões de carbono ou equivalente de gás de efeito estufa (GEE) por meio da aquisição de créditos por empresas que não atingiram suas metas de redução. Mas para que as organizações possam efetivamente avançar em termos de sustentabilidade, limitar-se a adquirir créditos de carbono não basta.

Essa é a opinião do gerente de negócios do Grupo Ambiensys, companhia especializada em gestão ambiental, Lucca Barros. No entendimento do especialista, o foco principal deve recair sobre a redução das emissões de GEE, indo além da mera compensação.

"Cada crédito representa uma tonelada de carbono equivalente que deixou de ser emitida na atmosfera. Na prática, contudo, as empresas que adquirem créditos de carbono continuam poluindo, pois são os projetos de preservação e restauração ambiental e energia limpa, de quem os créditos são comprados, que estão compensando", explica Barros. "O ideal, portanto, é que as companhias desenvolvam um plano de redução de emissões e comprem apenas aquilo que não conseguirem reduzir", acrescenta.

Tanto para neutralizar quanto para reduzir, o primeiro passo envolve levantar o quanto a empresa emite de GEE. Somente com essa informação é que será possível elaborar um planejamento de sustentabilidade mais robusto. Para isso, é realizado um inventário de emissões da organização, sendo que a metodologia mais utilizada atualmente no mundo para a produção desse tipo de documento é o GHG Protocol, desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) no fim da década de 1990.

"O estudo de emissões leva em consideração informações como tipo de combustível utilizado em veículos da empresa, uso de energia e matriz energética, geração de resíduos, quantidade de funcionários, entre outros pontos. E o inventário sempre é realizado em referência ao ano anterior", comenta Barros.

Segundo o gerente de negócios do Grupo Ambiensys, são três os escopos de um inventário de emissões: emissões diretas de GEE, provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela empresa (transporte, processamento ou fabricação de produtos químicos e materiais, etc); emissões indiretas de GEE de eletricidade, para contabilizar as emissões da geração de eletricidade adquirida ou consumida pela companhia; e outras emissões indiretas de GEE, que são resultado da operação mas não estão totalmente sob o controle da organização.

Ressalte-se que o último escopo não é obrigatório e que o inventário não precisa, necessariamente, ser realizado abarcando toda a companhia, sendo possível escolher apenas um escritório ou fábrica.

"E qualquer empresa pode contratar o serviço de inventário e se comprometer a reduzir suas emissões, de um pequeno negócio a uma multinacional. O principal é apontar, posteriormente, como serão feitas as reduções, se com melhor gestão hídrica e de resíduos e substituição de automóveis a gasolina por veículos elétricos, por exemplo, e reduzir, verdadeiramente, comprando créditos apenas se não conseguir atingir essas metas. Isso é muito bem visto pelo mercado", finaliza Barros.

Foto: Markus Spiske/Pexels


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