Não é só sobre bebidas premium: é sobre servir com excelência – do café ao carro

Liderando infraestrutura, workplace e real estate na Diageo, Katia de Assis mostra como a estratégia de Facilities pode impactar cultura, engajamento e sustentabilidade.

Por Léa Lobo

Não é só sobre bebidas premium: é sobre servir com excelência – do café ao carro

Na Diageo, gigante global do setor de bebidas premium, a excelência está presente em cada detalhe — da garrafa ao escritório. E por trás da infraestrutura que sustenta essa operação de alto padrão está Katia de Assis, profissional que há mais de 14 anos atua em ambientes complexos e de alta criticidade na área de Facilities, Real Estate e Workplace Services.

Green Belt em metodologias como Seis Sigma, Kaizen e Lean, Katia construiu uma carreira marcada por eficiência, inovação e uma obsessão saudável por melhoria contínua. Hoje, na posição estratégica que ocupa, sua atuação transcende a simples gestão predial: ela lidera iniciativas que humanizam espaços, otimizam recursos e elevam a experiência de colaboradores — do Brasil à América Latina.

Café da manhã com cara de hotel

Uma das iniciativas mais comentadas (e elogiadas) recentemente dentro da Diageo é o projeto de café da manhã corporativo. Longe de ser apenas um benefício, a ação tem um impacto direto na cultura organizacional e no engajamento dos times.

“Antes, oferecíamos kits prontos com pães e sucos, mas a aceitação era baixa. Decidimos repensar tudo e criamos um serviço digno de hotel. Resultado? Aumentou a presença no escritório, melhorou a integração entre áreas e até reduziu os custos com coffee breaks em reuniões”, explica Katia.

O projeto foi além: passou a contemplar restrições alimentares, como intolerâncias e dietas especiais, e incorporou a curadoria de uma nutricionista para garantir qualidade e segurança alimentar. O retorno dos colaboradores foi imediato — e viral. “Todos os dias temos registros espontâneos nas redes sociais. Isso nos mostra que estamos no caminho certo”, destaca.

Não é só sobre bebidas premium: é sobre servir com excelência – do café ao carro

Foto: Divulgação

Mobilidade repensada

Outro case liderado por Katia foi a reestruturação do benefício de frota para executivos e gerentes. A Diageo substituiu a entrega do carro corporativo pelo modelo “car allowance — em que o colaborador recebe um valor mensal e decide como usá-lo: seja com aluguel, transporte por aplicativo ou outro meio.

A mudança trouxe ganhos não só em flexibilidade, mas também em sustentabilidade e personalização. “Nem sempre o carro disponível era o ideal para o momento de vida da pessoa. Agora, cada um tem autonomia para escolher o que faz mais sentido. E estamos levando esse modelo para outros países da América Latina”, afirma.

No México, onde a cultura da posse do carro ainda predomina, o desafio é cultural. Mas Katia está determinada a costurar soluções regionais com um olhar global — um benchmarking interno valioso que, segundo ela, muitas multinacionais ainda subestimam.

Revitalizar sem demolir

Sempre pleiteando investimentos em infraestrutura, Katia conseguiu aprovar a revitalização dos escritórios da Diageo. Mas nada de grandes obras: a proposta foi promover intervenções pontuais, com marcenaria inteligente, requalificação de espaços colaborativos e valorização de áreas de uso comum como recepção e bar.

“Nosso desafio era criar uma experiência diferente, mesmo sem transformar tudo. E conseguimos. Pequenos ajustes com alto impacto. Mais funcionalidade, mais acolhimento, menos desperdício.”

Além disso, Katia e seu time discutem formas de otimizar o uso dos espaços em dias de baixa ocupação, como sextas-feiras. Entre as ideias estão treinamentos, ações com parceiros e até a abertura dos ambientes para eventos e workshops.

O equilíbrio entre gestão própria e terceirizada

Na Diageo, Katia também equilibra a gestão de equipes próprias e o trabalho da gerenciadora JLL. Ela atua como elo entre a operação e a alta liderança, participando de decisões estratégicas, e destaca a importância de manter um ponto focal da empresa mesmo quando há outsourcing.

“Na América Latina, ainda há a expectativa do cliente interno de falar com alguém da própria empresa. Isso precisa ser respeitado. Nosso modelo híbrido de gestão tem funcionado muito bem, justamente por considerar essas particularidades culturais.”

Uma carreira feita de entregas e conexões humanas

Com passagens marcantes por instituições como o HCor e o Hospital Albert Einstein, onde recebeu 11 premiações por projetos de qualidade e otimização, Katia alia excelência técnica a um olhar humano sobre o ambiente de trabalho. Na Diageo, ela continua transformando espaços em experiências — e desafios em oportunidades.

“A estrutura física da empresa é invisível até que falhe. Meu papel é fazer com que ela funcione tão bem que ninguém perceba, mas que todo mundo sinta”, resume, com a segurança de quem sabe que o coração da operação está, muitas vezes, do lado de fora da sala de reuniões.



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