Desafios do retrofit: do real estate ao workplace

Objetivo é ter prédios cada vez mais duráveis e aderentes aos negócios, com menor taxa de vacância e melhor operação

Um dos edifícios ícones da capital paulista, que passa por retrofit, o Condomínio São Luiz, foi o espaço escolhido para receber os associados e convidados da CoreNet, no dia 27 de julho, em um painel especial com o tema "Retrofit: do Real Estate ao Workplace".

O debate contou com a participação dos profissionais Adriana Hansen, Gerente de Consultoria da Unidade de Sustentabilidade do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações); Izabel Barros, PhD em Design Estratégico; Daniel Montandon, arquiteto e mestre em planejamento urbano; e Francisco Gago, sócio do Duarte Garcia, Serra Netto e Terra Advogados, especializado em direitor imobiliário. 

Francisco Gago falou dos aspectos legais envolvidos em um retrofit. Segundo ele, além de ser interessante para a cidade, é também para os munícipes e, neste sentido, o aprimoramento legal é indispensável. "A ideia foi apresentar ao público que existe uma separação entre o retrofit que conhecemos no dia a dia e o retrofit que é dimensionado pela lei. Espero que depois desta palestra os profissionais possam levar essas informações e otimizar melhor o dia a dia no aproveitamento dos ativos imobiliários", destacou Francisco.

Representando a empresa Soluções, a qual trabalha na gestão de licenciamento, o executivo Daniel Montandon apresentou um estudo de caso de viabilidade técnica e legal desenvolvido para o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), localizado no Centro de São Paulo. Por se tratar de um prédio tombado, que tem uma série de peculiaridades, este estudo ajuda o gestor do ativo a ver a melhor estratégia para promover o que chamamos de conformidade legal - deixar o imóvel totalmente de acordo com a legalização esperada pelos órgãos públicos. "Isso influencia muito em conseguir parceiros legais e alugar os espaços do edifício", exemplificou.

Na sequência, Adriana Hansen, do CTE, abordou os desafios atrelados às mudanças na gestão do ativo. "A ideia foi trazer um pouco sobre as tendências do retrofit do workplace no mercado nacional e internacional, destacando os desafios e o que está sendo falado sobre a questão da resiliência e da sustentabilidade para esses espaços. É importante entender o andamento deste movimento para que seja possível ter cada vez mais prédios mais duráveis, mais aderentes aos negócios das empresas, com a menor taxa de vacância e melhor condição operacional", ressaltou a engenheira ambiental.

O debate foi finalizado com Izabel Barros, PhD em Design Estratégico, que ressaltou a importância do Change Management estratégico como alternativa para criar um ambiente resiliente e sustentável ao longo do tempo. "No final de tudo o que foi debatido, temos que fazer um gancho com o que acontece na realidade com o dono do imóvel. Como você trabalha isso em termos de uma grande mudança estratégica? E como usa o Change Management como uma ferramenta estratégica para tratar a mudança desde o início, envolvendo as pessoas e os inquilinos, para ter um maior valor agregado na geração de um retrofit, reforma ou o que for decidido?". Para Izabel, é preciso criar um ecossistema de soluções, o qual gera, aproveita e nutre a capacidade criativa das pessoas em todos os níveis.

Foto: Divulgação CoreNet

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