BIM na Infraestrutura

Quando devo implantar uma nova tecnologia?

Por Pedro Soethe*

Hoje, o mundo é muito dinâmico, e falar isso é quase tão repetitivo quanto o mantra do “ser mais eficaz, produtivo e econômico”. Sim, são chavões atuais no mundo dos negócios. Mas as grandes questões são: “Como estar preparado?”; “Como saber o momento exato de investir em uma nova tecnologia?”

Diversas amostras estão acontecendo a todo momento a partir da necessidade de repensar metodologias de projetos. Se pegarmos alguns dados simples, como por exemplo, segundo o IPEA e o Banco Mundial, o mau estado de conservação das rodovias acarreta, em média, um aumento de até 58% no consumo de combustíveis, elevando o número de acidentes em até 50%, aumentando os custos operacionais de veículos em 38% e o tempo de viagem aumenta mais de 100%. Isso é decorrente de projetos ineficientes, como aponta o TCU, a maioria das obras não possuem projetos e muito menos estudos.

Hoje, temos uma nova tecnologia aportando no mercado de infraestrutura, o BIM (Building Information Modeling), que é uma metodologia de trabalho que se baseia em três pilares fundamentais: tecnologia, processos e pessoas.

Ao olhar para essa pirâmide, muitos podem questionar por que a tecnologia é a base. A resposta é simples: porque devemos definir qual tecnologia será usada para, assim, criar processos e treinar as pessoas. Portanto, a definição da tecnologia é fundamental para que os outros itens da pirâmide virem realidade. Qualquer um que trabalhe com implementação de procedimentos sabe que processos vagos e treinamentos abstratos são os primeiros passos para o fracasso de um de projeto.

As empresas, frequentemente, se deparam com o dilema sobre qual é o momento ideal para adotar uma nova solução, neste caso, a adoção do BIM. Diante do dinamismo do mercado atual e das vantagens encontradas com uso do BIM, o ideal é que essa decisão seja tomada o quanto antes.

O BIM, por exemplo, é uma metodologia comprovadamente eficiente e com grande retorno de investimento, isto é, o investimento na sua implementação é relativamente baixo comparado ao retorno que ele gera. Alguns estudos mostram o retorno em projetos de infraestrutura na ordem de 8% somente na troca de metodologia antes baseada em CAD para uma tecnologia BIM.

Indo ao encontro dessas constatações, cada vez mais órgãos estão se mobilizando para adotar um novo modelo de processo. Para citar alguns exemplos: CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção); Sinduscon (Sindicato da Construção); órgãos gerenciadores de estruturas de infraestrutura como o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitano), Exército Brasileiro, Metrô (Metropolitano de São Paulo); entre outros. Além disso, algumas instituições levantaram a bandeira do BIM para que a sua adoção passe por discussões em comissões na Câmara dos Deputados do Brasil até virar lei.

À medida que empresas e esferas políticas demoram a adotar a metodologia BIM, interfere-se nesses três itens: tempo de aprendizagem maior, menor retorno adquirido e defasagem competitiva no mercado. Cada vez mais órgãos estão exigindo o BIM, portanto, aqueles que passarem a utilizá-lo terão benefícios competitivos de mercado e facilidade na absorção das novas versões tecnológicas. Pois, o BIM é dinâmico como o mundo de hoje.

* Pedro Soethe é Especialista Técnico na área de Infraestrutura para softwares da Autodesk no Brasil. Sua função é mostrar como novas tecnologias como BIM e IoT, em conjunto com soluções da Autodesk, podem ajudar as pessoas a imaginar, a projetar e a criar um mundo melhor.


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