Tecnologia e robótica por trás da desinfecção de ambientes

[Vitrine Facilities] Conheça a ciência de ponta utilizada em hospitais

Os processos de desinfecção ganharam um novo espaço. Aquilo que, no pré-Covid-19, era visto como algo exclusivo para instituições hospitalares se tornou prática indicada para os mais diferentes estabelecimentos, como hotéis, escolas, lojas, escritórios, meios de transporte, entre outros.

No momento de pandemia, a tecnologia é uma aliada não só dos hospitais, mas de todos os que buscam a proteção de seus clientes e colaboradores.

A seguir, apresentamos 4 elementos essenciais por trás da desinfecção robotizada de última geração, adotada pelos principais hospitais do Brasil e que podem também beneficiar outros setores.

1) Peróxido de hidrogênio e Prata

Duas substâncias químicas com elevado potencial de ação na desinfecção de ambientes e superfícies hospitalares: o peróxido de hidrogênio (H2O2) associado a íons de prata (AgNPs), considerado um desinfetante de alto nível, a ação combinada entre os dois princípios ativos permite eliminar vírus, bactérias, fungos, esporos e até micobactérias causadoras de tuberculose. O peróxido de hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada, reage com o ambiente formando radicais livres que atacam a membrana celular do microrganismo e os íons de prata agridem o DNA e outras estruturas dos germes que impedem a sua reprodução.

"O peróxido de hidrogênio associado aos íons de prata, tem ação germicida superior na eliminação de microrganismos, quando comparado a outros desinfetantes como o álcool 70%, cloro, dióxido de cloro e quarternário de amônio. Algumas vantagens do produto destacam-se pela maior eficácia na descontaminação de materiais porosos, possui baixo poder de espuma, não requerendo enxague, e é seguro para o meio ambiente", aponta Ellen Cardoso, pós-graduada em Controle de Infecção relacionada à assistência à saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

2) Aerossol

Ao utilizar apenas bons produtos químicos, porém, não garante a higienização completa do ambiente. Isso porque processos que dependem da ação humana têm limitações. É possível que, ao passar um produto manualmente, alguns locais não sejam alcançados - os chamados "pontos de sombra". Para evitar essa falha, foi desenvolvido na suíça um robô que transforma o peróxido de hidrogênio associado aos íons de prata em aerossol.

O robô HyperDryMist® , da 99 Technologies e licenciada com exclusividade no Brasil pela Americas 3K, tem cerca de 25cm(L)X42cm(P)X50cm(A). Na prática, ele lança uma "nuvem" seca de desinfetantes no ambiente fechado, fazendo com que o produto chegue a todos os espaços e elimine 99,9999% dos micro-organismos. Todo o processo leva 3,9 s/m³, e não é necessário que ninguém fique na sala no momento da desinfecção.

"Em termos de eficiência, não necessitamos represar um colaborador da higiene exclusivamente para esta função, e assim, não existe um comprometimento ergonômico e nem a preocupação com EPIs específicos para evitar quaisquer riscos de inalação ou uma falta de padronização de tempo, custos e método", diz Marcelo Boeger, consultor de hotelaria e facilities.

3) Biomarcadores para rastreabilidade

Nos hospitais de ponta, para se ter certeza que uma superfície foi desinfetada, são utilizados marcadores químicos que, quando em contato com o produto de limpeza, mudam de cor. O equipamento libera um relatório com todas as informações sobre a rastreabilidade e ações executadas, quantidade de produto utilizada e dados inerentes ao processo.

4) Cálculo da quantidade de produto

Quanto produto deve ser utilizado para desinfetar determinado espaço? Saber essa proporção é algo que os hospitais valorizam. Isso porque, se for utilizado menos produtos químicos do que o necessário, pode-se reduzir a eficácia da ação germicida. Por outro lado, quando se utiliza mais do que o necessário, gera-se desperdício.

Uma das formas mais simples de solucionar essa equação também é por meio da robótica. Quando é feita a contratação os ambientes são calculados e os dados inseridos no equipamento que já calcula e modula a quantidade de desinfetante a ser utilizado proporcionalmente à metragem cúbica do local. Em outras palavras, ele prevê a quantidade de saneante a ser usado, conseguindo atingir uma uniformidade para todo o ambiente a ser desinfetado.

​Foto: Divulgação

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca

Mais lidas da semana

Mercado

Newset quer jogar luz sobre a "caixinha preta" da climatização corporativa

Educar para transformar a contratação de serviços de manutenção em ar-condicionado

Workplace

Swile reposiciona escritório com base em estudo de geolocalização

Empresa usou dados de deslocamento da equipe para escolher novo endereço e transformar escritório em ferramenta de bem-estar e engajamento

Operações

Em 2025, a linguagem que você precisa falar é a do ESG

Entender o vocabulário ESG não é mais diferencial, é necessidade estratégica.

Mercado

PodeSubir é um startup que transformou o “pode subir” em experiência digital

Com crachás digitais, reconhecimento facial e independência de hardware

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Por que o esg da Globo deveria estar no seu radar?

O Relatório ESG 2024 da Globo destaca avanços na agenda ambiental da empresa.

Revista InfraFM

Infraestrutura sob controle e os bastidores do Facility Management na cart

Por dentro da operação que garante eficiência, segurança e sustentabilidade em mais de 400 km de rodovias

Revista InfraFM

Prédio limpo, negócio forte!

Como a opinião do cliente final está moldando o futuro da limpeza profissional

Revista InfraFM

Infraestrutura Hospitalar como Pilar de Excelência

Como a gestão estratégica de Engenharia, Real Estate e Facilities contribui para consolidar o Hospital Israelita Albert Einstein como referência mundial

Operações

Monitoramento em tempo real otimiza produção em 18% na Visteon Amazonas

Ricardo Tanko Vasconcellos, Quality Manager da multinacional, fala sobre importância da sinergia entre áreas para um processo contínuo de melhorias.

Operações

Retrofit gera mais de R$3 milhões de economia para operação de shopping

Gerente de operações do Shopping Praça da Moça e coordenador de Operações do Grupo AD falam sobre desafios e resultados das implementações.

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP