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Gente que faz

Quinze profissionais contam suas histórias, como chegaram à área de Facilities Management e o que os move de olho em dias melhores

Diversidade, resiliência, inconformismo e a capacidade de se reinventar diariamente. Essas características poderiam naturalmente descrever os 15 perfis que estampam a Matéria Especial que a INFRA FM traz nesta edição.

Os profissionais escolhidos atuam na área de Facility Management e nos contam sua trajetória, projetos, desafios, experiência com a COVID-19, hobbies e paixões. São eles:

1) Ágata Auzier | Coordenadora de Facilities na CON – Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão

2) Ana Rosa Penida | Consultora na Hospitalidade

3) Daniel Soares de Oliveira | Construções, Reformas e Facilities no South Rock (empresa detentora das marcas Starbucks, Fridays e Brazil Airport Restaurants)

4) Daniela Muniz | Supervisora de Facilities na Ultracargo

5) Eduardo Iunes dos Santos | Gerente Administrativo na Unimed Goiânia

6) Fernanda de Almeida | Administrativo e Facilities na eloPar

7) Giulliano Sandrini | Head de Facilities & Real Estate na BRF

8) Igor Rhuanini | Gerente de Operações na Almeida Junior Shopping Centers

9) Maria Cristina Paduan | Facilities Management, Serviços Administrativos, Contratos e Compras em empresa de tecnologia

10) Michelle Menezes Oliveira | Senior Lead Facilities na WeWork

11) Rafael Alves | Facilities, Administração de Serviços, Gestão de Contratos e Treinamento na Cinemark Brasil

12) Ricardo Barros | Gerente de Facilities na Teleperformance Brasil

13) Roberto Vilaronga | Gerente de Infraestrutura Predial, Manutenção e Facilities na Vivo (Telefônica Brasil)

14) Rosi Brito | Coordenadora de Facilities e Administrativo na Samsung Electronics (até março 2020)

15) Thayná Oliveira | Facilities e Administração na United Technologies (Carrier)

Acompanhe as histórias e viva as experiências dos seus pares de mercado. Boa leitura!

Ágata Auzier, Coordenadora de Facilities no CON – Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão

Formação e trajetória profissional.

Há 18 anos atuo na área administrava, com know-how em atendimento e facilities management. Meu primeiro emprego foi no Grupo Amil, em 2003, como recepcionista no Hospital de Clínicas de Niterói, chegando à supervisão. Em 2008, fui convidada a assumir a supervisão do atendimento do Grupo Pronto Baby. Nesse mesmo ano, fui convidada a assumir a supervisão geral da Emergência do Hospital Icaraí. Em 2013, assumi a Coordenação de Hotelaria, da Maternidade São Francisco, e em 2015 aceitei o desafio de ser Assistente Administrativo do CON – Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão, na área do Departamento Pessoal e Administrativo, chegando hoje à Coordenação de Facilities.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Quando, em 2018, surgiu a vaga de Gestão de Facilities na empresa, pensei: “Por que não concorrer a esse cargo?”. Era desafiador começar do zero, e como sempre fui determinada, o impossível não existiu para mim. E hoje sou completamente apaixonada por atuar em FM. Ser facilitadora tem sido meu desafio diário, mas tenho consciência de que tudo o que se faz com amor e força de vontade, é impossível não dar certo.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Gestão de Contratos, Licenças e Alvarás, Gestão de Compras, Obras Civis, Estoque, Manutenção Predial e dos Equipamentos, Controle de Pragas, Controle de Custo, Segurança Patrimonial, Inventário, Higienização, Porteiros e Assistente Administrativo, Gestão de Transporte Corporativo, além de Orçamentos de Hospedagens.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Há dois anos, quando assumi a gestão, foi um desafio grande. Era um setor que apresentava muitos problemas processuais e financeiros. Apresentei dois projetos para a minha direção:

1) Capa e Divisórias (Prontuário Médico) – Nossa compra era realizada em uma gráfica a um alto custo, e o projeto de redução da apresentação do novo prontuário trouxe uma economia em torno de 80%, na compra e produção do insumo, com ganhos na qualidade, durabilidade e manuseio.

2) Abertura dos Chamados: Após anos de acompanhamento por planilhas e solicitações por vários canais, elaborei um processo de abertura de chamados no final de 2019, e agora, com tudo automatizado, o retorno esperado será na resolução assertiva, isto é, o melhor investimento nos planejamentos orçamentários.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

A reciclagem tem sido a ação mais recente. Estou desenvolvendo um projeto, voltado para o consumo do papel, que tem como meta a ideia de que para cada utilização anual seja feito um plantio. Além disso, todas as impressões, sem utilidade e/ou descartadas, serão reutilizadas nos setores administrativos, para nova impressão e produção de rascunho. Com esse reaproveitamento, não compraremos mais cadernos, post-it etc.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Aprendi que os negócios, com estruturas flexíveis, tendem a lidar com situações de crise por meio da adaptação e inovação nos processos. Penso ser muito válido o exercício constante de planejar e agir para que, ao surgirem situações como essas, não sejamos impactados; se isso não puder ser evitado, que seja pelo menos amenizado, de modo que a dinâmica da empresa não seja afetada diretamente. Os processos não podem ser deixados na “gaveta”; as equipes precisam ser treinadas e orientadas em tempo integral, ressaltando a importância do saber e do embasamento em suas práticas diárias. Outro ponto crucial é o aprendizado. O que sabíamos hoje, amanhã não serve mais, ou seja, devemos estar sempre estudando e buscando aprimorar nosso conhecimento em qualquer área de atuação. Enfim, evolução e planejamento têm sido palavras-chaves para o momento em que estamos vivendo.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Amo caminhar e olhar o mar, depois de um dia de trabalho. Descarrego as tensões e me reconecto com as novas possibilidades que podem surgir no novo dia. Afinal, temos a chance de criar, planejar e ser feliz. Feliz na profissão, feliz no amor e nas minhas escolhas, além de separar aquele momento especial com a minha família. O sorriso deles é que me motiva, me faz querer crescer e faz meu olho brilhar todos os dias.

O que representam para você as palavras:

Coach: desenvolvimento

Compartilhar: sinergia

Diversidade: união

Empatia: essencial

Equipe: coletividade

Ética: fundamental

Experiência: crescimento

Fé: equilíbrio

Fornecedor: parceiros

Integrar: orgulho em pertencer

Liderar: inspirar

Livro: conhecimento

Ana Rosa Penida, Consultora na Hospitalidade

Formação e trajetória profissional.

Formada em Administração de Empresas pela Faculdade Metropolitana Unidas (FMU), com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e Pós-graduação em Hotelaria e Facilities Hospitalar pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Profissional com mais de 25 anos de experiência no ramo de logística, atuando na área administrativa e financeira. Há três anos ingressei na área da saúde em hotelaria hospitalar e facilities management como consultora, onde adquiri experiências atuando em diversas áreas como: nutrição, governança, higiene, rouparia e estacionamento.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Logo após o início da Pós-graduação em Hotelaria e Facilities Hospitalar na Instituição de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, onde sempre tive interesse pela área, fui convidada pela diretoria da empresa Hospitalidade a fazer parte do quadro de consultores em diversos projetos.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Atuando como consultora, tenho como responsabilidades principais o acompanhamento e a verificação de todo o processo, das áreas e das atividades desenvolvidas de cada setor. Avalio as atividades no dia a dia das áreas, discutindo com as equipes técnicas as possibilidades de melhorias nesses processos.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Nos últimos meses, participei de um projeto de consultoria junto à implantação de um novo serviço por uma empresa de facilities em uma rede de hospitais de São Paulo. A finalidade estava em implantar melhorias em processos internos e adequar o quadro conforme volume de trabalho, nos horários.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Tenho atuado diretamente na redução do resíduo infectante por meio de sensibilização das equipes e a correta segregação. Também apoiado na redução da quantidade de roupa lavada por meio da correta articulação e de ações junto a fornecedores de enxoval, junto às rouparias hospitalares e de lavanderias terceiras.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Principalmente neste último projeto realizado no início da pandemia no Brasil, salientei a real necessidade de um rígido processo interno em relação à sanitização adequada das superfícies do setor e da higienização das mãos dos colaboradores. Em relação aos colaboradores envolvidos no processo, o reforço foi em relação à obrigatoriedade da utilização dos EPIs, incluindo máscaras, luvas e aventais.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Tenho como costume diário fazer exercícios físicos, os quais me deixam energizada, relaxada e ao mesmo tempo disposta a enfrentar mais um dia de trabalho. Minhas paixões: estar sempre com a família reunida, viajar e poder sempre ajudar as pessoas.

O que representam para você as palavras:

Coach: treinar

Compartilhar: união

Diversidade: mundo

Empatia: humanização

Equipe: fundamental

Ética: essencial

Experiência: construtiva

Fé: principal

Fornecedor: parceria

Integrar: adaptar

Liderar: construir

Livro: base

Daniel Soares de Oliveira, Head de Facilities e Manutenção no South Rock (detentora das marcas Starbucks, Fridays e Brazil Airport Restaurants)

Formação e trajetória profissional.

Profissional com 25 anos de experiência na área de manutenção e facilities management, iniciando trajetória no setor de varejo supermercadista em 1997, quando ingressei no Grupo Pão de Açúcar. Durante os 13 anos de permanência no Grupo, atuei em várias modalidades, me especializando em Refrigeração e Ar Condicionado sendo, posteriormente, um dos responsáveis pela restruturação da área de Manutenção. Em seguida atuei por três anos no Walmart na estruturação da área e contratos, incluindo também reformas de algumas unidades. Atuei por dois anos na área de Shopping Centers sendo responsável por Operações, Facilities e Obras, três anos no Carrefour Brasil como Gerente de Manutenção e Reformas Brasil estruturando contratos, equipes e escopos de trabalho junto a consultorias, e desde 2016 atuo como Head de Facilities e Manutenção no South Rock (empresa detentora das marcas Starbucks, Fridays e Brazil Airport Restaurants).

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

O mercado vem se moldando a cada dia e os executivos estão cada vez mais focados nos resultados por área. Lembro-me que no início de minha carreira era comum um diretor de uma unidade, um CFO ou até mesmo um gerente geral atuar em várias áreas, ou seja, além de ter que administrar os números, negociar e buscar eficiência para o negócio, eles também atuavam diretamente nas áreas de apoio como manutenção, contratação de limpeza, de portaria, obras etc. Além da formação técnica, fomos obrigados a nos moldar e cada dia absorver mais demandas, cujas decisões são mais confiáveis quando o profissional é habilitado e focado. Ou seja, o operador fica livre para operar!

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

A área de atuação principal é o Suporte à Operação. Facilitar a manutenção e serviços das áreas da administração dos contratos com as empresas parceiras, sendo predial, ar condicionado e refrigeração, limpeza, segurança, tratamento de água, dedetização, call center, reformas, construções e desmobilização de lojas. Interface com o time Latam para alinhamento e padronização das manutenções de acordo com a Matriz nos USA. Desenvolvimento de novos fornecedores, implantação de novas tecnologias e gestão de água e energia. Gestão financeira da área, gestão dos indicadores, garantia dos SLAs e KPIs firmados em cada contrato, além da gestão da equipe de supervisão orgânica.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

O principal projeto foi a restruturação dos contratos e desenvolvimento de novos fornecedores, integrando-os ao negócio e à formação da equipe interna definindo as responsabilidades. Anteriormente, o grupo de prestadores de serviços era grande; cada empresa executava um tipo de atividade. Enfim, o resultado: redução de mais de 30% na despesa e aumento significativo no nível de serviço.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Investimento em novas tecnologias como iluminação LED, iluminação natural, melhorias na aplicação de exaustão para uma maior troca de calor, lojas com acabamentos mais naturais com pisos em cimento rústico, reaproveitamento de instalações e acabamentos industriais, dentre outras.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Tudo nos forçou a mudar! No âmbito profissional, precisamos fazer mais com menos. Isso nos ensinou que a nossa zona de conforto é enorme. Aprendemos a valorizar aqueles trabalhos que aparentemente não víamos como essenciais e o desenvolvimento de cada profissional através da capacidade de resiliência na tomada de decisões e mudança de escopo.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Mais do que nunca a cabeça tem que ser uma fonte de soluções. Pude observar várias oportunidades de eficiência, várias ideias de mudança de comportamento do cliente externo e interno e a certeza da importância do gestor de facilities. A oportunidade de se reinventar, de refletir e aprender com a mudança do mercado nos abre portas para treinarmos nossas habilidades. Isso está dentro da caixinha, pronto para implantarmos no retorno futuro.

O que representam para você as palavras:

Coach: podemos compartilhar experiências, mas precisamos entender que precisamos de um para nos ensinar diariamente.

Compartilhar: o dom de deixar seu legado, sua história e sua contribuição para a sociedade.

Diversidade: o maior aprendizado que a vida pode nos proporcionar! Viver em harmonia!

Empatia: a capacidade de se colocar no lugar do outro, mas não confundir o certo com o errado.

Equipe: base para o sucesso coletivo e fundamental para o resultado.

Ética: não é somente um grupo de regras, mas o princípio de cada indivíduo para consigo mesmo.

Experiência: o maior valor de um profissional; E isso vai além da graduação.

Fé: sem ação, sem oração e sem objetivo não existe. Quando se tem de verdade, tudo é possível!

Fornecedor: Sem este parceiro não há cadeia de produção que sobreviva.

Integrar: a melhor maneira de fazer o parceiro, o colaborador se sentir parte viva do negócio.

Liderar: não é chefiar, não é ser superior, não é agir no grito. Liderar é convencer e aplicar todos os tópicos acima!

Daniela Muniz da Silva, Supervisora Administrativa na Ultracargo (unidade Santos/SP)

Formação e trajetória profissional.

Graduada em Administração de Empresas, iniciei minha trajetória profissional na área de facilities management em 2006, atuando como recepcionista em uma revenda do GLP. Em 2007 migrei para a base de distribuição do GLP como assistente administrativo e de 2008 a 2010 atuei em uma empresa de locação de equipamentos. Iniciei na Ultracargo em 2010 como Assistente Administrativo, desempenhando atividades já desafiadoras para a minha idade. Em 2015 fui promovida à Analista Administrativa, e em 2018 fui convidada para trabalhar em um outro site como Ponto Focal Administrativo. No início deste ano iniciei um novo desafio: estar à frente da equipe de Facilities atuando como Supervisora Administrativa da unidade de Santos/SP.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Na ocasião eu não tinha ideia de que estava sendo inserida nessa área. Hoje consigo identificar claramente que aos 17 anos (quando iniciei como recepcionista) fui ganhando espaço, tratando das questões de limpeza, copa etc. Naquele momento eu dei o start na área de facilites, o que me levou ainda a ingressar no curso de Administração.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Sou responsável pela área de Facilities do Terminal de Santos da Ultracargo, tenho o privilégio de atuar com um time competente e comprometido. Juntos realizamos a gestão de limpeza e conservação, vigilância patrimonial, refeitório, transporte, manutenção predial, gestão de acesso ao porto, almoxarifado, motoboy, malote, entre outros serviços pertinentes à área. A gestão financeira de CAPEX e OPEX de orçamento é considerável. Temos mais de 10 áreas separadas por vias públicas e atendemos em torno de 280 colaboradores, mais um contingente de terceiros, o que torna nosso dia a dia extremamente dinâmico e desafiador. A Ultracargo tem valores dos quais compartilho. Por isso, o orgulho e a felicidade de fazer parte desse time.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Realizei uma análise orçamentária nas contas da área de facilites e conseguimos reorganizar algumas atividades e escopos de trabalho, e que resultou em uma redução significativa. Estamos finalizando uma reestruturação na equipe de vigilância patrimonial e substituição de alguns fornecedores. Temos como desafio trazer mais tecnologia para a nossa área e ao mesmo tempo tornar nosso atendimento mais humanizado. O objetivo é fazer com que o colaborador se sinta cada vez mais seguro e tranquilo para desempenhar as atividades da melhor maneira.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Temos realizado algumas iniciativas nessa linha: guarda de documentação digital, redução de 80% na impressão de notas fiscais, instalação de sensores de presença nas luminárias, ronda nos prédios após expediente para garantir que não há ar condicionado ligado nem iluminação acesa, entre outros projetos que estão em andamento.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Tivemos que agir rápido em meio a muitas incertezas. Aprendi o quanto é importante ter parceiros e não somente prestadores de serviços. Aprendi que produtividade não está relacionada a estar (fisicamente) no escritório das 7h às 18h. Aprendi que neste momento é fundamental ter soft skills. Cuidar da saúde mental é necessário. E que a tecnologia pode facilitar muito mais o nosso dia a dia, mas que as pessoas são insubstituíveis. Além de aprender, também pude testemunhar o quanto a Ultracargo se preocupa com as pessoas de forma genuína e exerce de forma brilhante o seu papel na sociedade.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Sou apaixonada pela minha família e igualmente grata pelos que tenho. Iniciei a meditação, tenho lido mais livros, visto mais séries e tenho muita fé em Deus; é ele que me move e me faz acreditar em dias melhores.

O que representam para você as palavras:

Coach: orientação

Compartilhar: aprender

Diversidade: inclusão

Empatia: fundamental

Equipe: time

Ética: base

Experiência: diferencial

Fé: guia

Fornecedor: parceiro

Integrar: conexão

Liderar: desafiador

Livro: O Livro de Ouro da Liderança, de John C. Maxwell

Eduardo Iunes dos Santos, Gerente Administrativo na Unimed Goiânia

Formação e trajetória profissional.

Em 1995, aos 18 anos, concluí a graduação em Informática e, em 2000, em Engenharia Civil. Cursei dois MBAs executivos: Gestão Empresarial e Finanças de Controladoria. Ao longo desses 25 anos, trabalhei em áreas distintas nos segmentos de engenharia, facilities, administração e tecnologia da informação. A maior parte do tempo no meu estado de origem, Goiás, além de Tocantins, Pará, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Esse mix de experiências em atividades e locais distintos me permitiu adquirir a capacidade necessária para uma visão sistêmica do negócio, entrega de respostas rápidas e assertividade em tomadas de decisões difíceis.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Tive meu primeiro contato em 2002, na difícil tarefa de manter a manutenção predial de um hospital em recuperação financeira e sem recursos; retornei ao segmento em 2016, quando aceitei a proposta de gerenciar contratos de Facilities em várias localidades, em especial um contrato de Total Facilities Management (TFM).

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Sou responsável pelo setor de Compras, Logística, Facilities, Engenharia e Retrofit dos principais sites da empresa, com mais de 40 mil metros quadrados de obra, entre outros importantes projetos. Nesses dois anos de trabalho foram realizadas algumas entregas importantes como o Projeto de FM Full recém-implantado, sendo o primeiro nesse formato no estado de Goiás, a Certificação LEED® do primeiro edifício no estado de Goiás e, por último, a construção de três novas unidades da empresa. Faço parte do comitê de crise e sou responsável pelas sugestões na estruturação, implantação e manutenção do planejamento estratégico.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Quando era prestador de serviços de FM, pude notar que as empresas apresentavam resistência na contratação de FM Full, por não acreditarem que uma única empresa seria capaz de prestar o serviço com excelência e melhor custo. Atualmente, notei a necessidade de implantação de um FM full, a fim de melhorar a qualidade dos serviços prestados e, claro, reduzir os custos. Encontrei a mesma resistência. Por isso, precisei mapear do zero todos os serviços do setor de infraestrutura, para mostrar a viabilidade do projeto, explicar o significado e os benefícios de um projeto com este perfil, provando em números que trazer grandes empresas de fora do estado nem sempre é mais caro. Apresentei o projeto demonstrando todas as vantagens e ganhos; mais de um ano depois, consegui implantar – em plena pandemia da COVID-19 – o primeiro contrato de FM Full de Goiás. O projeto comtemplou todos os 15 sites da companhia, agrupando 14 contratos em um.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Fui responsável pela continuidade ao projeto pioneiro de certificação LEED BD+C, site da sede administrativa, aprovado em 2019. Atualmente iniciamos um novo processo de certificação LEED EB O&M do edifício em operação, que tem previsão de aprovação ainda em 2020.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

A COVID-19 obrigou o mundo a se adaptar de diferentes maneiras. As empresas foram obrigadas a se reinventar e, com isso, as reuniões virtuais e o trabalho em home office se tornaram realidade. Essa mudança forçada veio contribuir para a quebra cultural nas várias corporações, que precisaram sair da zona de conforto e se abrir para o uso de uma tecnologia que está disponível, portanto não é novidade. Essa nova realidade mostrou que é possível trabalhar de forma diferente, mais barata e com a mesma qualidade de entrega. No âmbito pessoal, o isolamento social trouxe reflexões importantes, deixando ainda mais evidentes os valores nos quais sempre acreditei, como a importância das relações interpessoais e a preocupação com o próximo.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Nos momentos que passo com as minhas paixões, que são a minha família e os meus amigos, e em desafios dentro do esporte. Já completei 7 maratonas no Brasil e no exterior, conquistei faixa preta em jiu-jitsu, e pedalei muitos quilômetros de trilhas em mountain bike.

O que representam para você as palavras:

Coach: aperfeiçoamento profissional e pessoal.

Compartilhar: multiplicar experiências.

Diversidade: possibilidade de ampliar os conhecimentos.

Empatia: entendimento sobre diferentes pontos de vista.

Equipe: cooperação para melhores resultados.

Ética: integridade e respeito aos valores morais, essenciais nas áreas da vida.

Experiência: aumento da confiança e assertividade das ações.

Fé: acreditar que tudo é possível.

Fornecedor: parceiro.

Integrar: contribuir e ser parte de um todo.

Liderar: direcionar, conduzir e motivar as pessoas.

Livro: ampliação do conhecimento.

Fernanda Carvalho, Administrativo de Facilities na eloPar

Formação e trajetória profissional.

Sou graduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAAP, Design Sustentável pelo Instituído Europeu de Design e Gerenciamento de Facilidades na Poli/USP. Minha carreira teve início no Hospital Santa Casa de São Paulo, como Técnica em Obras. No Hospital, fui ganhando reconhecimento e espaço em áreas como Compras, Facilities e Manutenção, até que assumi a área de Construção e Conservação Patrimonial de alguns sites administrados por eles. Posteriormente trabalhei como site manager e PMO na Siemens na parte de health care. Aceitei o desafio de trabalhar como Gerente de Manutenção em um resort no interior, migrando ainda mais tarde para Gerente de Operações. Hoje estou como Gerente de Facilities de uma holding do meio de pagamentos.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Penso que tudo aconteceu de maneira natural. Aos poucos assumi responsabilidades sem saber que já atuava com facilities management. A própria atividade veio se desenvolvendo. Cada vez mais enxutas, as estruturas foram absorvendo outras necessidades das empresas e de seus colaboradores. O que antes era apenas apoio precisou ser reestruturado. Vi então a importância de entender melhor a atividade, buscar mais conhecimento e quando percebi: a definição já estava mais consolidada no mercado.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Respondo por todo o outsourcing: manutenção, recepção, limpeza, copa, jardinagem, segurança e expedição. O escopo inclui ainda todas as compras de insumos ligados a FM, cartões corporativos de todos os colaboradores, contratos, acompanhamento de obras, circuito de câmeras e segurança patrimonial, agência de viagens, políticas e normativos.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Conseguimos realizar a implementação de um novo contrato com uma empresa de manutenção que possibilitou acompanhar todas as manutenções preventivas e corretivas, bem como o controle do sistema de climatização. A automatização do processo evita que manutenções fora do expediente ou de caráter emergencial precisem ser realizadas, gerando um saving de 15%. Outro importante projeto foi a reestruturação da expedição. Antes o serviço era feito por uma empresa terceirizada sem conhecimento das demandas; perdíamos muitos prazos e até mesmo documentos acarretando em multas ou cancelamento de novos projetos. Com o rastreio das cartas e protocolos on-line tudo ficou rastreável.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

A empresa ainda está criando sua identidade e um projeto voltado à sustentabilidade, porém já temos copos, squeeze, xícaras reutilizáveis, alguns copos para visita são biodegradáveis, além de misturadores de madeira e ou papel. Outra questão é a separação correta dos resíduos. Temos a coleta seletiva com o condomínio.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Com certeza a questão de higienização e manutenção de toda estrutura da empresa. Hoje mudamos nosso critério em limpeza e manutenção dos equipamentos pois temos que garantir que o ambiente esteja totalmente desinfetado para que os colaboradores se sintam seguros em retomar as atividades no escritório. Nossa maneira de programar limpezas, montar cafés, receber clientes, fazer atendimentos... Tudo mudou. Ser gestor de facilities também é se adaptar a novos cenários, novas demandas. É ser resiliente a cada mudança.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Costumo recarregar minhas energias indo a parques fazer caminhadas ou mesmo para apreciar a natureza. Também aprecio ir à praia, é bom mudar de ares de vez em quando. Minhas maiores paixões são viajar e fazer trabalhos artesanais, que me desaceleram muito.

O que representam para você as palavras:

Coach: mentor

Compartilhar: afeto

Diversidade: acolhimento

Empatia: sentimento

Equipe: time

Ética: essência

Experiência: amadurecimento

Fé: convicção

Fornecedor: parceiro

Integrar: participar

Liderar: ensinar

Livro: conhecimento

Giulliano Sandrini, Head de Facilities & Real Estate da BRF

Formação e trajetória profissional.

Graduado em Engenharia Elétrica e mestrado em Administração Estratégica, ambos pela PUC-PR, iniciei minha trajetória profissional na Electrolux, como trainee da área de Procurement (2001). Em 2006 migrei para a Sadia, que após fusão com a Perdigão torna-se a BRF em 2010. Em todos os 14 anos de BRF passei pela área de Suprimentos (8 anos), depois pelo Centro de Serviços Compartilhados (4 anos) para então, em 2019, assumi a área de Facilities & Real Estate com o objetivo de reestruturar a área.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

A área de Facilities já entrou na minha carreira na época de Suprimentos, período em que fui o Coordenador responsável pelas aquisições dos serviços de Facilities. Naquela ocasião aprendi muito e revisamos vários processos, com a metodologia de Strategic Sourcing. Após isso, a visão de Facilities e o contato com a área não pararam mais, até que assumi como Head, com um plano completo de reestruturação que fizemos na BRF.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Liderar equipe de gestão e operação dos serviços de Facilities, sendo responsável por restaurantes, frota de veículos leves, transporte de funcionários, lavanderia e uniformes, segurança patrimonial e eletrônica, limpeza, controle de pragas, bem como demais serviços de suporte administrativo. Sou responsável pela gestão e operação dos sites administrativos do Grupo BRF, incluindo toda gestão de Manutenção Predial e Workspace, bem como os demais serviços de Facilities.

Na área de Real Estate, o trabalho envolve centralizar e controlar toda a gestão dos imóveis operacionais e não operacionais da companhia (mais de 3.500 imóveis em território brasileiro) mantendo o foco na construção de todo o escopo e orçamento anual. A equipe tem aproximadamente 400 colaboradores diretos, entre gerentes, especialistas, coordenadores, analistas, assistentes administrativos e auxiliares.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Sem dúvida, o maior projeto (inclusive em andamento) é o case do programa de excelência em facilities management, que tem por objetivo elevar o nível de excelência em relação aos serviços de facilities, buscando avaliar mensalmente diversos critérios. Também é nossa meta consolidar todas as informações em KPIs de performance, equalizando todas as unidades participantes do programa, bem como todos os fornecedores das categorias de Restaurantes, Segurança Patrimonial, Transporte de Funcionários, Limpeza e Manutenção predial (específica para os escritórios administrativos). Além de aprimorar a gestão dos serviços de facilities, o programa visa encontrar alternativas, soluções e propor novas ideias para que a companhia possa aumentar a eficiência e qualidade dos serviços entregues, otimizando os custos totais de cada processo.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Estamos com vários projetos. Os principais são: veículos elétricos para nossa frota leve, reutilização de água em nossos escritórios, economia de energia, redução do desperdício de alimentos nos nossos restaurantes, desenvolvimento de novos locais de trabalho visando o melhor aproveitamento dos recursos naturais. Além disso, implementação de telemetria em veículos, com otimização de rota, e redução do efeito estufa, via consumo de combustíveis.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Os principais foram relativos a liderar as frentes de prevenção, fazendo a comunicação fluir com grande velocidade e assertividade desde o corporativo até as unidades. Tomada de decisão rápida e execução disciplinada na implementação dos vários procedimentos novos que adotamos. A relação de participação e co-criação de soluções com as demais áreas da empresa também foram fundamentais neste período de crise. Este cenário exigiu uma grande resiliência, soluções criativas, gerando inúmeros aprendizados e a sensação de fazer o melhor para cuidarmos de cada um dos colaboradores.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Estar com a família é muito bom e para mim essencial. Gosto também de tocar instrumentos musicais. Participar das missas na paróquia, onde através da música é possível levar paz e esperança para as pessoas.

O que representam para você as palavras:

Coach: aprimorar

Compartilhar: vital

Diversidade: enriquece

Empatia: ajuda

Equipe: família

Ética: imprescindível

Experiência: corta caminho

Fé: necessário

Fornecedor: parte

Integrar: velocidade

Liderar: coragem

Livro: Jesus, o maior líder que já existiu, de Laurie Beth Jones

Igor Rhuanini, Gerente de Operações na Almeida Junior Shopping Centers

Formação e trajetória profissional.

Graduado em Engenharia Elétrica pela PUC-MG e MBAs em Gerenciamento de Projetos e Finanças na FGV. Atuo há mais de 14 anos no mercado de shopping centers. Iniciei em 2003 como estagiário de obras e instalações elétricas na construção do ItaúPower Shopping, em Contagem/MG. Promovido a Assistente de Operações, permaneci no empreendimento até 2007. Pela Somitec Automação, fui responsável pela gestão dos contratos de automação predial em shoppings na região Sudeste de 2007 a 2011. Após este período, assumi como Coordenador de Operações do Center Shopping Uberlândia (BR Malls) e, em 2012, foi promovido a Gerente de Operações. Participei da inauguração de dois shoppings, além de responder pela gestão por três anos, sendo um deles na Saphyr, quando em 2016 iniciei na Ancar Ivanhoe para a inauguração do Shopping Nova Iguaçu, onde permaneci até 2018. Trabalhei como Analista Gráfico e Trader em uma universidade no Sul da Austrália e, atualmente, ocupo a posição de Gerente de Operações do Balneário Shopping.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

O dinamismo do departamento de operações. Lembro que vivia próximo aos gerentes e superintendentes para entender melhor a rotina deles. Falavam sempre em redução de custos. Em busca de oportunidades, passei a estudar minuciosamente as rotinas operacionais, a rever contratos, a negociar com fornecedores. Me especializei e assumi a gestão de operações, que engloba um pouco mais, mas tem grande parte do escopo de trabalho dedicado ao facilities management.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Os gerentes de operações são responsáveis pelos empreendimentos em todas as suas nuances: manutenção, limpeza, qualidade, arquitetura, segurança e brigada, jardinagem e estacionamento. Nossa rotina engloba reuniões para discutirmos números e estratégias financeiras, comerciais e de marketing, além de atendimento a lojistas, levantamentos, orçamentos e estudos de viabilidade para novos projetos, negociações com fornecedores e concessionárias. Faço questão de ter um constante alinhamento com os órgãos públicos.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

As inaugurações de três empreendimentos em diferentes regiões. Entendimento do conceito, análise detalhada dos milestones e deadlines, revisão do orçamento, definição dos editais para concorrência, negociações com concessionárias, recebimento da obra, atuação direta com os times (comercial e financeiro) e interação com agentes fiscalizadores são algumas das atribuições que exigiram alto nível de assertividade.

Inaugurar é sempre uma corrida contra o tempo que demanda muita estratégia e inteligência emocional. Afinal, lida-se com anseios próprios, de empreendedores, lojistas, clientes, fornecedores e concorrência. É impressionante: divulgue a data de abertura e considere todos estes sentimentos potencializados.

No prisma das companhias, agregar um novo equipamento à carteira de ativos é estratégico. Possibilidades para incremento do ROI (indicador de análise para investimentos imobiliários), que é o que move o nosso negócio.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Sustentabilidade é um tema muito amplo e que sempre gera muitas controvérsias. Trato o assunto com seriedade, buscando eficiência no “básico bem feito”. Em meu segmento, diria que são poucos os empreendimentos que possuem uma automação “realmente” funcional, que consiga monitorar energia elétrica, água potável e água gelada em todos os seus detalhes com profundidade. Antes de divulgarmos que reutilizamos água, por exemplo, temos por obrigação o entendimento do padrão e garantia de eficiência do consumo atual. Caso contrário, teremos um “marketing não sustentável”.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Subestimamos o problema e estamos sofrendo as consequências disso. A COVID-19 veio para reforçar uma máxima bem antiga: estamos todos conectados.

São as guerras, revoluções e doenças as maiores responsáveis por definirem o comportamento de uma Era. Acredito que o foco na saúde, segurança e bem-estar dos clientes e usuários pautará ainda mais as nossas ações. A análise de riscos e o planejamento devem ser sistêmicos, dinâmicos e revisitados a todo momento. Não há tempo para errar. Não existe concorrência nesse momento. Tudo pode mudar em um piscar de olhos.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Depois de uma temporada de estudos e trabalho fora do Brasil, descobri que para recarregar as energias a melhor estratégia é viajar. É o que vamos levar desta vida, não é mesmo? Experiências. Gosto também de correr, jogar tênis, além de ser apaixonado por carro.

Tenho a leitura por hábito desde criança, e sempre me interessei pelo mercado financeiro, que hoje virou um hobby.

O que representam para você as palavras:

Coach: organização

Compartilhar: receber

Diversidade: natural

Empatia: Ubuntu

Equipe: responsabilidade

Ética: básico

Experiência: foco

Fé: sustentação

Fornecedor: parceiro

Integrar: pertencimento

Liderar: aprender

Livro: conhecimento

Maria Cristina Paduan, Facilities Management, Serviços Administrativos, Contratos e Compras em empresa de tecnologia

Formação e trajetória profissional.

Minha formação é em Hotelaria (2002) e iniciei em redes como Meliá, Estanplaza e IHG, nas áreas de governança, reservas, recepção e eventos. Depois atuei no segmento de alimentos, na Linea Alimentos. Em 2016, migrei para a área de Tecnologia na empresa OLX, atuando em Gestão de Facilities por três anos. No momento contínuo na área, ainda no segmento de tecnologia em uma empresa multinacional. Em FM, me especializei pela FS Educa. Estudei na Austrália e em Londres, para aperfeiçoar o inglês e conviver com outras culturas, gosto muito de implantar processos, redução de custos, organização e liderança.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Como secretária na Linea era responsável pela agenda do presidente, compra de insumos, manutenção, limpeza, copa, entre outros. Como secretariado não era minha atividade preferida, consegui fazer uma transição para o mundo de FM, com o apoio da Linea.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Na empresa que estou atualmente, não havia o departamento de Facilities. A área estava abaixo da manutenção industrial e predial. Com a minha chegada, precisei entender a média de compra de cada insumo de material de escritório e limpeza. Toda a parte de facilidades para o funcionários, jardinagem, manutenção patrimonial, vending machines, eventos internos, festas, reuniões, viagens, expatriados, aluguéis e comunicação interna passam por mim, assim como correios, malotes e suporte à área de compras. Como nesta empresa estou no escopo do RH, incluindo Departamento Pessoal, acabo tendo algumas atividades de recursos humanos que estão agregando muito para o meu desenvolvimento pessoal e profissional.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Nesta pandemia, as ações são diárias e mudam a todo momento de acordo com o andamento das notícias, sempre atentos a aumentar os cuidados com cada pessoa, seja colaborador, terceiro, temporário ou visitante. Um dos pontos que demandou estratégia e assertividade diz respeito aos vestiários femininos. Na empresa 90% são mulheres e 80% delas usam uniforme, ocupando um armário com seus itens pessoais. O grande problema foi distanciá-las dentro de três ambientes, cada um de um tamanho. O primeiro passo foi mesclar os 5 turnos, considerando as limitações físicas de cada pessoa, funcionários não fixos, mas que cobriam ausências pelo menos uma vez na semana.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Temos o departamento HSE, responsável pela segurança e meio ambiente, responsável pelas auditorias diárias referentes à sustentabilidade. Com a ajuda dos profissionais de facilities conseguimos dia a dia melhorar nossas atividades e conscientizar cada funcionário, explicando a importância para o meio ambiente. Usando copos não descartáveis, implantando coleta de lixo especializada, reciclagem, incluindo pilhas e baterias.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Não tenho como falar no passado. Cada dia é um novo aprendizado, as ações mudam constantemente. Já aconteceu de termos uma mesma ação mudando três vezes no mesmo dia com a finalidade de atender cada vez mais rápido a expectativa dos funcionários como um todo, para continuarmos com as entregas e metas. O maior aprendizado é vivermos um dia após o outro sabendo que as decisões tomadas hoje podem não ser suficientes amanhã. É preciso que estejamos abertos para mudanças drásticas, entendendo o momento atual e a importância de ajudarmos uns aos outros; juntos – com certeza – somos melhores.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Eu adoro praticar exercício físico, quanto mais exercício de força eu faço, mais leve eu fico. Amo viajar, conhecer novos lugares, novos restaurantes, sair com amigos e passar o tempo com a família incluindo minhas duas sobrinhas lindas!

O que representam para você as palavras:

Coach: é muito útil quando você tem consciência do que precisa melhorar.

Compartilhar: dividir conhecimento.

Diversidade: necessária para acabar com o preconceito.

Empatia: às vezes você sofre, mas não se dá conta que age do mesmo jeito com o outro.

Equipe: sozinho não se faz nada.

Ética: é o mínimo que eu espero do ser humano.

Experiência: as boas te fazem melhor e as ruins te ensinam como não fazer e ser mais forte.

Fé: sem ela não precisamos do amanhã.

Fornecedor: parceiro.

Integrar: aumentar, acrescentar.

Liderar: ensinar um novo ponto de vista e ouvir outros.

Livro: Inteligência Emocional, de Daniel Colemann.

Michelle Menezes Oliveira, Senior Lead Facilities na WeWork

Formação e trajetória profissional.

Sou formada em Letras e Administração de Empresas, com duas pós graduações, uma em Gestão de Serviços e outra em Facility Management. A minha carreira começou na área administrativa como recepcionista e, após 9 meses, fui promovida para assistente na área de Property Management, aos 18 anos de idade. Aos 22 anos já em outra empresa, ganhei a cadeira de Gerente de Propriedade tendo diversos desafios e sob a gestão de prédios complexos e de grande porte até o ano de 2018.

Como FM entrou na sua vida?

No decorrer da minha atuação como Gerente de Propriedades tive grande interação com a equipe de Facility Management, mas ingressei de fato na área em 2018 quando resolvi fazer parte do quadro de funcionários da WeWork, empresa em que estou atualmente.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Durante a minha experiência profissional na área de FM gerenciei diversos projetos voltados para reduções de custos e sustentabilidade. Mas, o meu case de sucesso foi o gerenciamento de um retrofit do sistema de ar condicionado, desativando um modelo anterior por um moderno e super sustentável, fazendo com que um mês após a instalação tivéssemos uma redução de água e energia em 50% refletidos no consumo.

Quais os aprendizados com a Covid-19?

Que a área de FM precisa estar aberta às mudanças e se reinventar, além de ser uma área não apenas de resolução de problemas e sim de prevenção. É importante também propagar que lidamos com pessoas e ambientes e para isso precisamos proporcionar, ao máximo, um espaço de trabalho seguro, saudável e eficiente. Mais do que nunca, essa é a hora de estarmos atentos às normas e acima de tudo, colocá-las em prática.

Como recarrega suas energias e quais suas paixões?

Passar tempo com a minha família e o meu filho de 6 meses é a minha maior válvula de escape e o que me faz repor a energia gasta durante o decorrer da semana. Não há nada mais gratificante do que fechar a porta da WeWork e abrir a da minha casa sabendo que cumpri o meu dever, ensinei e aprendi.

O que representa para você as palavras:

Coach: autoconhecimento

Compartilhar: obrigação

Diversidade: respeito

Empatia: compaixão

Equipe: propósito

Ética: integridade

Experiência: aprendizado

Fé: necessidade

Fornecedor: parceria

Integrar: pertencimento

Liderar: desenvolvimento

Livro: Nos Bastidores da Disney, por Tom Connellan

Rafael Alves, Especialista Técnico de Operações na Cinemark Brasil

Formação e trajetória profissional.

Sua graduado em Tecnologia em Processos Ambientais e atualmente estou finalizando um MBA em Gestão de Facilities. Iniciei minha trajetória profissional na área ambiental pela Via Varejo, atuando em programas de sustentabilidade, gestão de resíduos e controle de pragas nas lojas Casas Bahia e Ponto Frio. Tive a oportunidade de trabalhar para as bandeiras Extra e Pão de Açúcar, sendo ainda colaborador da Via Varejo, onde gerenciava atividades junto a parceiros responsáveis pelos serviços de limpeza, gestão de resíduos, jardinagem, controle de pragas, entre outros.

Atualmente estou na Cinemark Brasil, onde sou responsável por conduzir e controlar atividades voltadas à higienização de auditórios, controle de pragas, manutenção de equipamentos de limpeza, desenvolvimento de testes de novos processos e demais atividades voltadas à área de facilities.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Aproximadamente em 2014 o Grupo Pão de Açúcar adquiriu parte da Via Varejo, quando deixei de fazer parte da equipe de Meio Ambiente desta empresa e fui alocado na equipe de Facilities do GPA. Desde então comecei a atuar em atividades de gestão de contratos de serviços de limpeza, refeição, estacionamento, jardinagem, entre outros, nas lojas do Extra Hipermercados e Pão de Açúcar.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Nos cinemas temos uma área chamada Usher, que contempla todos os lobbies dos cinemas, corredores, auditórios, toaletes, salas de acondicionamento de resíduos e limpeza de óculos 3d. Sou especialista dessa área e oriento as 88 unidades da Cinemark no Brasil sobre como gerenciá-la, esclarecendo dúvidas, ajustando procedimentos, padronizando a operação para garantir uma boa experiência aos clientes.

Além disso, controlo o orçamento anual de compra de materiais de limpeza e manutenção de máquinas, a exemplo de aspiradores, lavadoras de piso e extratoras de carpetes. Minha função também envolve o desenvolvimento de materiais de treinamento, como apostilas, apresentações e vídeos para gerentes recém-contratos. Lidero uma equipe volante de higienização de salas, que atende em média 14 unidades dos cinemas por ano. Gerencio o contrato com parceiros de controle de pragas, higienização de auditórios e consultoria sobre vigilância sanitária.

Diferente de alguns colegas da área de FM, não sou responsável por trabalhos de manutenção predial e reformas, a Cinemark possui um time de engenheiros e técnicos responsável por essas demandas.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Em 2019 identifiquei uma possibilidade de redução de despesas para os cinemas de São Paulo, reduzindo parte do contrato com um parceiro que realizava higienização profunda de carpetes, poltronas e cortinas. O projeto visava atender cinemas de médio porte (6 a 8 auditórios), porém com uma equipe volante própria. Em parceria com o nosso RH buscamos dentre os profissionais de limpeza dos próprios cinemas aqueles que se destacavam para formar essa equipe; foram três profissionais.

Investimos na compra de extratoras de carpete, aspiradores, secadores de piso, equipamentos e produtos de limpeza. Em paralelo, elaborei um procedimento adequado e realizei um treinamento prático para ser seguido pela equipe. Resultado: até duas unidades de cinemas atendidas por mês, redução de 70% das despesas, melhor qualidade no atendimento, flexibilidade de horário, possibilidade de atender emergências sem custos extras e padronização do processo. Diante desses resultados, estou estudando expansão de mais uma equipe para São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Acompanhamento das empresas de controle de pragas e higienização quanto ao descarte adequado de embalagens de produtos químicos. Alteramos o nosso principal produto utilizado para limpeza de todo cinema com produto ecológico. Coleta seletiva em algumas unidades, onde conseguimos parceria com os shopping centers, que destinam o descarte desse material de maneira adequada. Além de colaborar com outras ações que são de maior responsabilidade do departamento de manutenção, como a instalação de mictórios que dispensam o uso de água.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Aprendi que é fundamental se reinventar, se adaptar ao novo o mais rápido possível, priorizar os recursos que temos para reduzir despesas. Outro ponto importante é observar que as pessoas então tomando consciência sobre o fundamental papel dos profissionais de limpeza, até então não valorizados.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Tento me desligar do trabalho, evito acumular pendências pessoais para resolver nos finais de semana, isso me deixa mais livre nos dias de folga, assim consigo realmente recarregar as energias. Aproveito esses momentos para curtir a família e amigos, viajo sempre que posso, gosto muito de conhecer novos lugares e pessoas, isso me faz bem.

O que representam para você as palavras:

Coach: bagagem

Empatia: afeto

Equipe: união

Ética: essencial

Experiência: vivência

Fé: tudo

Fornecedor: parceiro

Integrar: agregar

Liderar: responsabilidade

Livro: conhecimento

Ricardo Barros, Gerente de Facilities na Teleperformance Brasil

Formação e trajetória profissional.

Engenheiro eletricista, técnico em eletrotécnica, com cursos nas áreas de Planejamento de Manutenção, Projetos de Sistemas de Incêndio e MBA em Gerenciamento de Facilidades pela Poli/USP. Tenho 17 anos de experiência em Facilities Management, tendo atuado em grandes empresas de terceirização, como Cushman & Wakefield, ISS e WH Engenharia e Manutenção. Dentre a diversidade de negócios pude atuar em diversos segmentos (bancos, hospitais, empresas de seguros e previdência privada, educação, telecomunicações e contact center). Tive a oportunidade de trabalhar nas maiores empresas de contact center e telemarketing do Brasil e do mundo, onde tive muitas oportunidades de crescimento profissional e pessoal, desenvolvendo grandes projetos de eficiência hídrica e energética, migrações para o Mercado Livre de Energia, reestruturação de equipes e processos.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Me apaixonei por Facilities ainda no ensino técnico quando tínhamos o desafio de projetar nossa vida em um exercício sobre como estaríamos profissionalmente nos próximos 10 e 20 anos, e mesmo sem ter todo entendimento e abrangência do que era Facilities Management, me projetei nesta posição: Gerente de Facilities. Iniciei na operação como Eletricista de Manutenção, e com o tempo fui subindo de cargo, Supervisor, Coordenador e enfim Gerente de Facilities.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Gestão de Facilities: Missão Crítica, Manutenção Predial, Utilities nas unidades em todo o Brasil. Acompanhamento das empresas terceiras de manutenções, residentes e especializadas em equipamentos (nobreak, geradores, ar condicionado, fontes retificadoras de tensão e manutenção de cabine primária etc.). Estratégias e mapeamento de risco para as Operações, reduzindo a indisponibilidade na infraestrutura. Implantação de projetos específicos de redução de custos operacionais (utilities e facilities), controle de custos e de investimentos (OPEX e CAPEX). Gestão de todos os fornecedores sob a responsabilidade da área, mantendo o ambiente de trabalho adequado e excelência na prestação de serviços para todos os colaboradores. Gestão dos indicadores da área, buscando melhoria contínua nos processos e políticas de Facilities. Avaliação das tendências de mercado e busca por inovação em todas as sub áreas do departamento, tendo como objetivo o melhor atendimento ao usuário. Apoio na gestão do processo de renovação ou regularização dos imóveis junto aos órgãos competentes.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

O projeto ainda está em andamento e consiste em melhorar a disponibilidade e confiabilidade da infraestrutura elétrica e de ar condicionado, que trará ao negócio um grande impacto positivo, diretamente ligado à continuidade dos negócios e fidelização dos clientes. Já foram realizados os estudos de viabilidade e iniciada a contratação de projetos e gerenciamento de obras. Será um projeto para ser executado ao longo de 12 meses, com grandes desafios na implantação de todas as etapas (obras de infraestrutura, aquisição de equipamentos, logística e comissionamento); estão contemplados todos os sites da empresa. Todo este processo também trará grandes benefícios na redução dos custos de manutenção corretiva, pois possibilitará efetuarmos estas ações preventivas sem a necessidade de desligamento de nossas operações e data centers.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Temos um projeto grande em parceria com a W-Energy para gestão de recursos hídricos, que proporcionou à Teleperformance e ao planeta uma redução de 337.000 m³ de água, através de monitoramentos online de consumo, instalação de economizadores em todos os pontos de consumo de água, seja ele uma torneira de uma pia ou uma torre de arrefecimento no sistema de ar condicionado central, manutenção periódica dos sistemas para calibração e substituição de equipamentos. Este projeto foi indicado para nossa matriz na França como um case de sucesso pela área de Responsabilidade Social e teve seu resultado reconhecido por todo o grupo.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Dar velocidade aos processos e decisões, melhorar a comunicação e integração com as áreas da companhia. As ações preventivas podem salvar vidas. Respeitar/amar o próximo tem um novo significado e, por fim, que juntos somos todos mais fortes.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Adoro estar no meu lar junto com minha esposa, nossos pets, cuidar das minhas orquídeas, assistir uma boa série de filmes e cozinhar, mas ultimamente tenho me dedicado mais às séries do que cozinhar.

O que representam para você as palavras:

Coach: crescimento guiado

Compartilhar: essencial

Diversidade: respeito

Empatia: entendimento

Equipe: resultado

Ética: transparência

Experiência: registram percepções

Fé: amor incondicional

Fornecedor: se não existir parceria, não existe sucesso

Integrar: compartilhar

Liderar: servir

Livro: Gestão da Vida, de Flavio Próspero

Roberto Vilaronga, Gerente de Infraestrutura Predial, Manutenção e Facilities da Vivo (Telefônica Brasil)

Formação e trajetória profissional:

Tudo começou com o programa de Jovem Aprendiz na Eletrobrás. De lá para cá passei por algumas empresas que me deram a oportunidade de mostrar meu desempenho profissional. Foi bem difícil por conta da minha idade e muitas vezes alguns líderes demoraram a me dar credibilidade. O tempo e as minhas atitudes profissionais mostraram que eu poderia crescer. Mas foi a vinda para São Paulo que o “salto” ocorreu. Em 2018 ganhei o Prêmio Abrafac. Depois disso houve alguns convites de outras empresas e resolvi deixar a TOTVS onde eu fiquei 10 anos. Hoje estou muito feliz na Vivo.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Foi muito natural. Eu entendi o quanto a área era importante e o quanto ela se tornaria mais importante ainda para as empresas com o tempo. O valor agregado de Facility Management torna-se cada vez mais importante e isso era notório que cresceria com o tempo. Sendo assim voltei minha carreira para área com especializações, cursos, e me guiando por profissionais como Fátima Sousa.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Hoje sou responsável por toda manutenção e facilities dos prédios administrativos e lojas da Vivo.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Hoje tenho apenas oito meses e meio de Vivo, sendo esses últimos meses em meio a uma pandemia global. Isso mudou tudo. Tinha diversas frentes para o ano de 2020, mas o principal projeto é o de retomada de lojas, monitoramento de decretos, custos, higienizações e reuniões diárias de retomada e check list. Isso vem fazendo diferença, sim, junto com a minha equipe que é muito dedicada.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

Hoje nosso apoio é apenas operacional. A Vivo possui uma área grande de sustentabilidade que lidera esses projetos. Temos um projeto para 2021 sobre sustentabilidade social. Mas em breve eu conto.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Num primeiro impacto é assustador. Não só pelo âmbito profissional, mas por todo o contexto do momento. Para mim foi muito difícil ser bem novo na empresa e ter que lidar com um projeto grande e diferente. Ter que descobrir pessoas, funções, contatos e fazer com que isso tudo seja fluído em um momento tão delicado e onde as coisas precisam ser rápidas.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Eu amo cozinhar e hoje em dia é a minha principal válvula de escape. Também gosto de nadar, mas com a pandemia não faço isso há quase quatro meses. Outra grande paixão é o Carnaval e as escolas de samba, que participo ativamente há 15 anos.

O que representam para você as palavras:

Coach: importante e necessário

Compartilhar: num momento como o nosso, é vital

Diversidade: cada vez mais presente em todos os sentidos

Empatia: precisamos ter, pois nem todos ainda temos

Equipe: base para tudo

Ética: fundamental

Experiência: só o tempo

Fé: não costuma falhar

Fornecedor: parceiros profissionais

Integrar: todos podem

Liderar: não é para todos

Livro: Comunicação não violenta, de Marshall B. Rosenberg

Rosi Brito, Coordenadora de Facilities na Samsung Electronics (até março/2020)

Formação e trajetória profissional.

Sou formada em Finanças com MBA em Gerenciamento de Projetos e Prestação de Serviços. Iniciei carreira em uma imobiliária onde fui desenvolvendo conhecimento e gosto pela área de imóveis e manutenção. Porém, acabei me voltando para a área administrativa e financeira das empresas, me envolvendo nas questões de infraestrutura e manutenção. Quando eu menos esperava já estava totalmente responsável pelo funcionamento do escritório, com processo de compras, locações, limpeza, expansão etc.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Acredito que eu já tinha a função de uma profissional de Facility Management no sangue, só que não sabia que nome dar a este dinamismo que a função exige e a facilidade em resolver problemas e tomar decisões em curto espaço de tempo. Mas foi em 2006 que me aprofundei na área, um nome ainda novo dentro das corporações e uma área pouco conhecida. Um Gerente Administrativo do qual eu era assistente na época estava implantando a área dentro da empresa, então fui apresentada ao universo de FM e profissionalizei-me desde então.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Nos últimos 10 anos tenho atuado na Supervisão e Coordenação de Facilities em grandes empresas, sendo responsável pela gestão das equipes de Soft e Hard Service, Gerenciamento do Espaço e Layout. Liderei projetos de Retrofit (construção, deslocamento, renovação, mudança organizacional). Tive a oportunidade de implementar a estratégia de Workplace Global e expansão de unidades. Recentemente atuei na revisão do portfólio imobiliário (próprio, alugado, sublocado, próprios com sócios e gerenciados por contrato).

Um projeto que fez diferença para a empresa.

Participei do projeto de Retrofit e Design Construction de sete escritórios regionais e matriz Brasil onde foi realizado um estudo de ocupação de toda empresa avaliando a viabilidade do espaço versus o custo operacional. Também fui responsável por trazer para a empresa o conceito Open Space, implantar o trabalho remoto para 30% dos colaboradores, tornando possível utilizar as posições de trabalho de forma rotativa. Mudar o ambiente de trabalho foi uma estratégia global da companhia, alterando totalmente o clima, pois além de atrair e reter talentos, aumentou a produtividade, o engajamento e a conectividade entre pessoas, melhorando qualitativamente a percepção do cliente interno. A redução das despesas operacionais do portfólio de Real Estate foi de 15%.

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

O tema sustentabilidade é muito discutido nas empresas, porém a prática tende a ser um tanto morosa. As ações sustentáveis são sempre iniciadas pela eliminação do uso de copos descartáveis, com campanhas que incentivem o grupo a usar canecas ou copos laváveis. Na sequência vêm as campanhas para economizar papel, troca de torneiras e descargas para redução de vazão de água, instalação de timer de desligamento das luzes do escritório (após determinado horário) e separação de lixo.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Um dos primeiros é que não temos como controlar ou determinar algumas situações de estresse. Também é preciso nos reinventarmos e nos adaptarmos à nova realidade, como crescimento pessoal. Encarar a situação como um desafio sempre é a melhor perspectiva, proporcionando novos desafios. Acredito que o desafio sempre traz coisas boas; é a oportunidade para desenvolver aspectos que antes não tínhamos tempo. Uma fase que, apesar de difícil, nos dá condições para convivência, execução de novas atividades.

Cada indivíduo reage de maneira diferente à quarentena, às emoções e os sentimentos são como montanha russa. Respeitar o ritmo de cada um para práticas de autoconhecimento e mudança de hábito é fundamental para exercer o que chamamos de autocompaixão, ou seja, o respeito às potências e limitações de nós mesmos.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Neste momento, não é possível recarregar nossas energias do mesmo modo de antes, como ir ao parque, fazer caminhada. Mas como mencionei, temos que nos reinventar, aproveitar o silêncio da quarentena para refletir sobre a vida e seu propósito. Procurar por pessoas positivas que tragam um olhar mais grato para a existência. Tenho paixão pelo cuidar, oferecer o bem-estar a outras pessoas. Atualmente, com mais tempo, estou me dedicado a cultivar plantas, é a minha nova paixão. Para viver é preciso de cuidados, carinho, luz e boas energias.

O que representam para você as palavras:

Coach: clareza para chegar a um objetivo

Compartilhar: multiplicação

Diversidade: pluralidade de visões e inclusão de grupos

Empatia: e se fosse você?

Equipe: força

Ética: cada um tem a sua

Experiência: te faz crescer como pessoa

Fé: te fortalece

Fornecedor: parceria

Integrar: acolhimento

Liderar: inspiração

Livro: uma viagem sem sair do lugar

Thayná Oliveira, Facilities e Administração na United Technologies

Formação e trajetória profissional.

Sou graduada em Matemática e estou iniciando agora um curso em Gestão de Recursos Humanos. Na época da faculdade, passei por um momento difícil na família, foi quando eu de fato comecei a procurar emprego. No começo, eu buscava apenas uma empresa que pudesse me dar a chance de aprender algo. Eu ainda não sabia o que eu queria de fato fazer. Tive a chance de entrar para o time da Easy Taxi e acabei passando por outras startups. Hoje, assumi a área de Facilities e Administrativa da Carrier, uma grande e relevante empresa no segmento da indústria.

Como a atividade de Facilities Management entrou na sua vida?

Trabalhei na área comercial por três anos, no entanto, ainda não me sentia feliz e completa com o que eu estava fazendo, eu sempre admirei profissionais que cuidavam de pessoas no geral. Foi quando em 2018 me dispus a sacrificar tudo por uma chance de começar algo novo na minha carreira, eu estava trabalhando em uma multinacional americana e fui muito transparente com eles sobre minha vontade de trabalhar com facilities management. A partir de então, tudo mudou! Me apaixonei pelo trabalho e aqui estou eu hoje feliz e trabalhando com o que eu mais amo na vida.

Quais são as suas responsabilidades no cargo atual?

Ao longo dos últimos anos, percebi que as atividades do profissional de facilities podem mudar muito dependendo do tamanho da empresa. Já cheguei a absorver muitas funções do time financeiro e recursos humanos ao mesmo tempo. Na minha posição atual, foco 100% do meu tempo com manutenção e infraestrutura do escritório, gestão de fornecedores indiretos e serviços compartilhados dentro da empresa.

Conte-nos sobre um projeto, liderado por você, que fez diferença nos negócios da empresa.

Já participei de alguns projetos que envolviam muitas coisas nos negócios da empresa, mas o maior orgulho foi ter trabalhado muito forte com employer branding. Usamos facilities como uma ferramenta para melhorar efetivamente a satisfação dos colaboradores e atrair novos talentos, considerando que a realidade hoje no mundo do trabalho é comum um colaborador ficar 8 horas em um ambiente, que muitas vezes traz pressão e desconforto emocional, que acaba impactando a produtividade. Foi incrível ter participado deste projeto recente de reforma de um ambiente corporativo, trazendo conforto e bem-estar para todo o time! As pessoas se sentiam mais felizes e acolhidas, trouxemos oportunidades dentro de um espaço que desse a chance para as pessoas poderem se conectar e conhecer mais uns aos outros e isso impactou muito no dia a dia empresarial. O clima se tornou mais leve, a comunicação entre as pessoas melhorou e o sentimento de time ficou mais aquecido. Foi incrível, eu amo!

Quais ações você e sua equipe têm realizado quando o tema é sustentabilidade?

As pessoas têm um pensamento de que sustentabilidade é sempre responsabilidade de facilities e/ou recursos humanos. Eu acredito que esse tema tem que ser levado a sério e incentivado por toda a empresa, principalmente pelo corpo diretivo. Hoje pensamos muito em copos plásticos e desperdício de papel em escritórios, porém tenho trabalhado para tentar trazer isso mais para a nossa realidade, como: buscar fornecedores comprometidos com o tema e trabalhar em ações incentivadoras junto aos colaboradores.

Quais foram os aprendizados profissionais com a COVID-19?

Percebi como o profissional de facilities é importante no dia a dia da empresa, é incrível a quantidade de coisas novas que eu tive que me virar para fazer com a chegada da pandemia. Trabalhando em casa, entendi como uma comunicação eficiente com os times é fundamental para o nosso trabalho. Isso tudo me leva a acreditar que, cada vez mais, o background do profissional atual e do futuro vai exigir que ele seja ainda mais generalista. Não gosto de me limitar como uma profissional de facilities associada somente a um escritório, nós cuidamos de pessoas! Para isso precisamos saber de tudo um pouco, a experiência com a COVID-19 me trouxe um conhecimento relevante, por exemplo, em segurança no trabalho e isso tem sido muito enriquecedor.

Como você recarrega suas energias e quais são suas paixões?

Eu amo estar com a minha família, isso é o mais importante! Chegar em casa e jantar com eles me recarrega, olho para o que vivemos e penso que tudo valeu a pena. Os finais de semana juntos, mesmo que em casa, são renovadores. Tenho paixão pelos meus cachorros, gastronomia e viagens.

O que representam para você as palavras:

Coach: sensibilidade

Compartilhar: necessário

Diversidade: importantíssimo

Empatia: paciência

Equipe: amizade

Ética: transparência

Experiência: aprendizados

Fé: sustentação

Fornecedor: parceria

Integrar: dedicação

Liderar: inspirador

Livro: conhecimento

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Nesta entrevista com Walmor Brambilla, Gerente Executivo de Engenharia e Real Estate do HCOR, acompanhe os avanços e desafios da área na instituição de saúde.

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Onde estamos quando o assunto é cidades inteligentes no Brasil?

Compreenda o tema para além da parte "glamourizada" do conceito. Especialista fala sobre Workplace fora do espaço de trabalho, Urban Facilities Management e cidadania.

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Workplace é o primeiro passo para colaboradores se sentirem amados

Workplace é o primeiro passo para colaboradores se sentirem amados. Frase proferida por Thais Trentin, CEO e fundadora da Workplace Arquitetura Corporativa.

 
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