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O formato aliado às novas exigências do mercado

Uma reflexão sobre o workplace no ambiente digital

Por Milena Buonamici*

Como pensar nos dias de hoje em workplace sem associá-lo ao ambiente digital? Quase não é possível. A configuração denominada digital workplace, pode ser compreendida conceitualmente como um local de trabalho virtual, que permite aos indivíduos trabalharem de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, sem barreiras físicas e/ou geográficas.

Partindo do princípio de que um ambiente de trabalho eficiente, deve ser aquele capaz de prover os recursos necessários para que as tarefas do cotidiano sejam executadas da melhor forma, qualquer empresa nos dias de hoje, que ainda não esteja praticando ou planejando esse modelo digital, tenderá a sofrer como consequência de seu atraso. E correr o risco de sentir os efeitos de uma concorrência conectada e afinada com a nova dinâmica social, além de ver seus processos e mecanismos tornarem-se ineficientes e obsoletos.

O amadurecimento dessas novas práticas propõe a ruptura de culturas tradicionais. Nesse sentido, a implementação do modelo de home office, tem se tornado cada vez mais presente na realidade das empresas. Mas é preciso dizer que esse processo não foi tão rápido e orgânico. Isso porque, muitos grupos empresariais, por muito tempo relutaram, e, em alguns casos, ainda relutam, em admitir a mudança de um comportamento enraizado na viciada premissa de que a supervisão visual seria ferramenta essencial ao cumprimento de metas e melhora da performance dos seus colaboradores.

Por sorte, as dinâmicas de trabalho atuais e a exigência de um perfil de colaborador cada vez mais multifuncional, têm mostrado que essa prática é muito eficiente e até necessária para muitas empresas. Com isso, é possível encurtar distâncias e evitar deslocamentos desnecessários, tornando possível otimizar as funções e tarefas desempenhadas.

Além disso, no caso de startups, onde vemos crescimentos exponenciais em um curto período de tempo, passa a ser praticamente impossível o espaço físico acompanhar o crescimento do headcount. Tornando-se necessária a aplicação de ferramentas digitais associadas a mobilidade, onde a prática do home office passa a fazer parte da cultura e do mindset da empresa.

Quando observamos o espaço físico, notamos que o modelo digital começou a influenciar inclusive nas configurações dos escritórios. Onde antes era fundamental haver uma posição de trabalho para cada colaborador, computador e ferramentas fixas, hoje, cada vez mais, vemos a substituição pelos notebooks e postos rotativos, com a implementação concreta de um formato hot desking. Diariamente ou em períodos pré-definidos, o colaborador se acomoda em estações de trabalho diferentes, influenciado pela tarefa que executará e pela interação que necessitará. Mesmo quando os colaboradores estão dentro da empresa (in loco), nas organizações adeptas às tecnologias virtuais, os fluxos e formações espaciais são diferentes. Empiricamente, é possível observar pessoas transitando em diversos ambientes com seus laptops, para realizar reuniões no café, no rooftop, em sofás e nas áreas de descompressão, que são as queridinhas e famosas das empresas que valorizam o bem-estar e a produtividade dos colaboradores.

A relação empresa-colaborador mudou. O escritório não é mais o local da rotina padronizada (horários fixos, controle de horas por pontos etc.). Em muitas empresas, é comum a realização de confraternizações, eventos e cursos, que possibilitam uma nova forma de interação profissional e até mesmo afetiva. Cria-se o prazer e orgulho de trabalhar em empresas que seguem esse padrão. Com isso, a motivação e a “postura de dono” aflora no colaborador impactado, refletindo diretamente na produtividade e no resultado econômico da empresa.

Além dos escritórios e ambientes empresariais propriamente ditos, cada vez mais vemos alternativas de digital workplace em coworkings, cafeterias, livrarias, shoppings e até parques e praças. Essa tendência nada mais é do que o reflexo desse modelo de trabalho onde o espaço físico é secundário. Afinal, tudo o que precisamos é de um ponto de tomada e um bom Wi-Fi.

*Milena Buonamici é Arquiteta e possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É especialista em planos de ocupação e workplace do Nubank.

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