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Compromisso com a experiência das pessoas

"Workspace Management levado a sério" foi o tema do evento promovido pela CI&T em parceria com a Microsoft

Por Larissa Gregorutti

A CI&T, multinacional brasileira especializada em transformação digital, em parceria com a Microsoft, promoveu no dia 25 de outubro, evento que discutiu mindset, tecnologias, LGPD e outros conceitos importantes para gestores de facilities e real estate.

Com o tema "Workspace Management levado a sério", o encontro aconteceu no escritório da Microsoft e reuniu especialistas de grandes empresas que compartilharam sobre como atender às novas realidades do mercado, com foco na melhor experiência do cliente.

Flávio Pimentel, Head of Smart Workplace Solutions da CI&T, foi quem liderou os painéis de debate e falou sobre o desafio dos profissionais de FM e Real Estate em gerenciar o Workspace no dia a dia. "Como tratar a cultura digital dentro da realidade da área de facilities, que está acostumada a tratar de móveis, canos, eletricidade, sistemas de automação de incêndio dentro das empresas? É muito distante deste profissional o entendimento de ter o Workplace funcionando melhor para o cliente interno dar toda a sua energia, para fazer a empresa ir para frente". Sobre isso, completou que falar de Workspace Management é falar de retenção, custa caro perder talentos, e o Workplace tem tudo a ver com isso.

Uma primeira reflexão discutiu se a LGPD prejudica a gestão de espaço. Segundo Mariana Queiroz, da CI&T, ela não se importa em compartilhar seus dados para o uso de tecnologias e finalidades específicas. "Agora, a partir do momento que isso está na mão de uma empresa terceira, isso começa a ferir os meus direitos de privacidade".

Sobre a proteção de dados no Brasil, Gabriela Muniz, da Microsoft, explicou: "essa legislação vai entrar em vigor em agosto de 2020, vai ser a primeira vez que teremos um marco legal para proteção de dados pessoais.  Então as empresas vão ter que correr atrás de entender e se ajustar".

Com a pauta, Inovando na dinâmica interna das pessoas no escritório em busca de produtividade e satisfação, Fabio José Ricco, da Hub Móveis, comentou que não se pode ter um custo maior e uma entrega menor. "Quando se fala de satisfação, como se mede satisfação? Se você juntar alguns indicadores de produtividade com NPS (do inglês, Net Promoter Score), você começa a ter um caminho". Segundo ele, cabe ao gestor de facilities obter e medir os dados.

Na verdade, explicou Luciano Brunherotto, da Facility BR, se FM é a segunda ou terceira maior despesa da companhia, é porque a primeira são as pessoas. "O ambiente de trabalho precisa se conectar com aquele público de forma perfeita que ninguém queira sair de lá. O espaço de trabalho é o motivo da atração e da retenção".

Para comentar sobre Tecnologia, as mudanças na corporação e nos gestores de workplace, Renata Assad, da Microsoft compartilhou que o ambiente de trabalho hoje não é só na empresa. "Se vocês forem como eu, vocês acordam vendo e-mail, dormem vendo e-mail, nós trabalhamos de vários lugares".

Quanto a essa nova realidade, Sérgio Zamariola, da CI&T, disse que muitas vezes os gestores de TI ainda não estão conectados a esse ponto. "A jornada é parte da responsabilidade da área de gestão de facilities, parte responsabilidade do RH e parte de TI." Este conjunto pode prover a retenção de talentos para a sua organização, desde que comece prover um conjunto de plataformas que vai expandir essa capacidade e essa experiência.

O Real Estate e Clientes: há espaço para Workspace Management nessa relação? foi o tema discutido por Fernanda Rosalem, da Patria Investimentos. "A relação do proprietário com o inquilino ainda é muito distante, é preciso desenvolver um ambiente de longo prazo para reter aquele inquilino", explicou. "É mais o tipo de serviço oferecido, a experiência do usuário de estar naquele espaço. O que eu preciso colocar ali para ficar mais agradável para o inquilino", concluiu.

Outra questão, segundo Robison Silva, da GRI Club, é que não se tem visto proprietários e investidores dialogarem como manter um portfólio saudável e rentável em cinco, dez anos. "Então como pensar nesses novos produtos sem diálogo?", questiona. "Há sim o movimento a parte do inquilino pelo ciclo do mercado, mas eu não tenho enxergado uma abertura dos proprietários, investidores em conversar sobre visões do futuro."

Por fim, Carolina Kaysel, da Turner&Townsend, iniciou a discussão sobre Gestão contínua e mudanças incrementais do espaço. É possível? Quais os prós e contras? "Eu acredito que é possível promover uma mudança contínua, mas é preciso ter um espaço flexível suficiente para passar por essas mudanças. As mudanças contínuas são mais seguras, pois você vai adaptando e tende a gerar menos riscos. Além disso, gera uma cultura dentro da empresa de aceite a mudança.

Para Marco Paim, da Atec, testar, implementar, medir e ajustar tem que fazer parte do dia a dia. "O gestor de FM e de real estate tem que assumir o protagonismo do negócio e alinhar o time. Se o time não estiver alinhado, não vai conseguir implementar uma cultura de mudança".

Alguns participantes também deixaram seu ponto de vista...

"Trabalho na gerência de facilities e serviços gerais da Enel, uma empresa que cresceu muito em pouco tempo e que precisa se organizar. Então levamos para casa uma reflexão de como precisamos tratar o nosso espaço, para tentar se equiparar com o que está acontecendo no mercado. Por isso achei muito legal a ideia da CI&T de desenvolver o tema em blocos, mostrando um pouco como cada disciplina gerencia ou deveria gerenciar o ambiente de trabalho". Thamiris da Costa Grinevald, Arquiteta da Enel Brasil

"Vimos no evento que temos que desenvolver um olhar mais focado na tecnologia, em quais recursos devemos buscar na gestão desses espaços, mas que acima de tudo, o olhar humano esteja evidente. Se a gente não projetar o foco nas pessoas, não criaremos uma conexão e um projeto assertivo, que alcance o maior resultado. Por isso, eu achei sensacional essa iniciativa da CI&T em fazer essa conexão, trazer conteúdo e discutir essas ideias". Thais Trentin Lima, Diretora de Negócios da Workplace Arquitetura Corporativa

"O evento trouxe uma reflexão importante: de que a nossa área não depende de tecnologia simples e pura. Se eu não mudar o processo, se eu não pensar em pessoas, a tecnologia simplesmente não consegue transformar e oferecer ganhos em si. É preciso estar conectado ao mercado, estar conectado a players similares, buscando um alinhamento em função da satisfação das pessoas, e não em modelo de negócio específico". Bruno Iglesias Borges Rodrigues, Coordenador de Melhorias e Integração de Serviços Prediais da Petrobras

Fotos: Divulgação

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