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Cada andar, uma experiência

Símbolo de São Paulo, Edifício Altino Arantes vira Farol Santander com centro cultural, mirante, café, pista de skate e loft de luxo. Reforma minuciosa foi conduzida pela Superintendência de Facilities da instituição em paralelo a outras áreas igualmente estratégicas

Por Érica Marcondes com informações da assessoria de imprensa

Atualizar uma edificação símbolo de uma das maiores cidades do mundo não é tarefa das mais fáceis. Ainda mais se o prédio é tombado pelo patrimônio histórico. No entanto, a missão foi muito bem executada pela Superintendência de Facilities do Santander, que lado a lado com outras áreas igualmente estratégicas da instituição (Marketing e Acervo e Preservação da Memória, por exemplo), trouxe de volta os tempos áureos do Edifício Altino Arantes (antigo “Banespão”), que desde final de janeiro é mais conhecido como Farol Santander.

A edificação ícone no Centro da capital paulista passou por uma reforma minuciosa para se transformar em um centro de empreendedorismo, cultura e lazer. Idealizado pelo presidente da instituição, Sérgio Rial, o projeto tem como objetivo promover discussões de ideias, ser um sinalizador de caminhos, um polo para atrair as pessoas ao centro da cidade.

“Há 70 anos o edifício é um ponto de referência de São Paulo. O Farol Santander já nasce, portanto, como um símbolo de uma cidade contemporânea, que aponta para o futuro e preserva as referências do passado”, afirma Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil. “De um farol, podemos enxergar longas distâncias e trazer para perto o que há de novo no mundo”, complementa ele.

O que há para ver

As atrações do Farol Santander ocupam 18 andares dos 35 do edifício de 162 metros, que por um longo período foi a maior estrutura de concreto armado da América do Sul. As visitas começam pelo hall do andar térreo, um dos tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat), assim como o 2º, 3º, 5º, 6º e mirante, e seguem até o mirante do 26º andar, onde foi instalado um café com inspiração art déco.

Os desafios da engenharia e da infraestrutura predial

Com 32 anos de Banco Santander, o Superintendente de Facilities Edmar Cioletti esteve à frente da reforma, que durou menos de sete meses – um prazo considerado enxuto para uma obra deste porte e complexidade. Mais de mil pessoas trabalharam de ponta a ponta para que o projeto fosse concluído, incluindo profissionais do Rio de janeiro e de outras cidades, vários fornecedores novos e a “escolha a dedo” dos prestadores de serviços que viriam a atuar na manutenção e operação predial.

O trabalho como um todo envolveu algumas fases. O primeiro mapeamento teve como foco o atendimento às legislações e à segurança. Outro passo foi garantir uma infraestrutura básica de conforto para usuários e visitantes da edificação. Imagine renovar os sanitários sem mexer nas áreas tombadas! Ou ainda: iluminar a fachada tombada, adaptar a iluminação (hoje 100% LED), os elevadores e promover a conservação do mobiliário de época... Se hoje o prédio tem um consumo menor de energia, deve-se à instalação de um sistema robusto de automação que monitora on-line os gastos com o recurso energético. Mais uma atração é o lustre gigante, que preenche o vão do térreo e do mezanino.

“Semanalmente, nos reuníamos em um Comitê Executivo para antever os desafios e discutir as ações. Uma correria positiva. Temos muito orgulho desse trabalho”, destaca Cioletti, que assim como os demais colaboradores da área realizaram uma verdadeira imersão no projeto, visitando inclusive museus e instalações do gênero nas horas vagas.

Objetos de sucata

Distribuídos por diferentes andares do prédio estão 24 objetos em sucata, produzidas por Marcelo Stefanovicz, a partir de dez toneladas de materiais descartados do próprio edifício. A série de obras é composta por objetos utilitários, como fruteiras e candelabros; passando por itens de médio porte, como cadeiras, poltronas e luminárias; e mobiliários maiores, como mesa de jantar, mesa de centro e armários.

O Farol Santander, andar por andar

Térreo

O térreo, acessado pela Rua João Brícola, 24, conta com o hall de entrada, onde os visitantes já se ambientam com painéis e linhas do tempo que trazem um pouco da história do edifício, enquanto acessam bilheterias e elevadores.

Memória: 2º e 3º andares

As salas desses andares são abertas ao público e contam com acervo histórico e recursos tecnológicos, dando um tom de memória viva ao espaço. No 2º andar, há um ambiente audiovisual com uma experiência imersiva. A partir de vídeo e linhas do tempo, o público pode entender o processo de construção do edifício, sua relação com a história da cidade e como se tornou um ícone para os paulistanos.

No 3º andar, são reproduzidas as salas de atendimento aos clientes com uma interação virtual, para oferecer ao público a experiência de abrir uma conta bancária, no formato daquela época. Estão expostos objetos como calculadoras, cadernetas, fichas de atendimento e documentos gerais, além de sonorização ambiente.

4º andar: Vista 360 por Vik Muniz

O Farol Santander conta com uma grande instalação permanente feita pelo renomado Vik Muniz. A instalação Vista 360 consiste em diversas fotos da vista do mirante, feita de vários materiais, entre eles mais de 20 toneladas de sucatas produzidas no próprio Farol Santander.

5º andar

A partir da consultoria curatorial do Professor Doutor Paulo Garcez, especialista em mobiliário histórico e patrimônio integrado, o 5º andar permite um mergulho literal à época. O ambiente preserva objetos e instalações de antigas presidências e diretorias que por ali passaram. Lambris e mobiliário feitos artesanalmente, em madeiras nobres como jacarandá, encomendados à época ao Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, estão expostos ao público. Duas salas foram reservadas para exposição dos retratos dos presidentes que, ao longo de décadas, colaboraram para a construção de uma das principais instituições bancárias do país.

8º andar: Arena de Economia Criativa

No 8º andar, a Arena de Economia Criativa é um local dedicado ao debate sobre empreendedorismo e economia criativa, promovendo grandes encontros e palestras quinzenais aos sábados, abertas ao público.

Com 350m², capacidade para cem pessoas e intervenção artística do Estúdio Choque, a arena teve o conceito desenvolvido sob curadoria da Garimpo de Soluções, de Ana Clara Fonseca e Alejandro Castañé, com três eixos principais: inovação, empreendedorismo e cidadania ativa.

21º andar: pista do 21

Uma pista de skate é algo que dificilmente se pensaria em colocar dentro de um prédio, mas o ineditismo é uma marca do Farol Santander, que reconhece a importância desse esporte para o País e para a cidade de São Paulo. A pista idealizada por Bob Burnquist, uma das maiores referências do esporte no Brasil e no mundo, tem mais de 300m², vista para a cidade e é um circuito Street com rampas e obstáculos. O espaço também recebeu grafites geométricos e lambe lambes fotográficos produzidos por Baixo Ribeiro, da Choque Cultural.

A programação inclui aulas regulares e horários para livre uso do público, com capacidade simultânea para até 12 pessoas, sendo administrada pela Bravo Sports & Business, empresa que gere a carreira de Burnquist. O andar ainda tem locação de skates e equipamentos de segurança necessários para a prática do esporte. Os usuários deverão assinar um termo de responsabilidade sobre o uso da pista e equipamentos de segurança.

22º e 23º andares: arte imersiva

Dois andares foram dedicados a exposições de arte imersiva, com artistas nacionais e internacionais, sob curadoria de Facundo Guerra e Tatiana Wlasek, da Storymakers. A proposta consiste em três frentes principais: empreendedorismo, contemporaneidade e internacionalidade. Os espaços de cada andar têm 330m² e poderão ser adaptados de acordo com as exposições vigentes, contando com educadores e orientadores de público. As exposições terão periodicidade de 100 dias no Farol Santander.

25º andar – loft do 25

O 25º andar reserva uma oportunidade para quem sonha se hospedar em um símbolo de São Paulo, com uma vista incrível da cidade. Com uso exclusivo para hospedagem ou eventos, o apartamento, com mais de 335m² e decoração art déco, é um projeto assinado pelo escritório de arquitetura Triptyque Architecture. A capacidade é de cinco pessoas em formato de hospedagem e 50 em formato de eventos ou locação. Como hospedagem, é oferecido serviço de camareira e limpeza para a estadia dos hóspedes.

26º andar – mirante e café

No mirante do 26º andar o público pode acessar sua área externa, com capacidade para 30 pessoas e observar dali, a 160 metros de altura, uma das vistas mais famosas da cidade. Junto ao mirante, há o Suplicy Cafés, com capacidade para aproximadamente 70 lugares, ambientação art déco, tendo ao redor todo o horizonte da metrópole.

Os interessados em conferir tudo isso de perto (mediante agendamento e compra de ingresso) podem obter mais informações na página: www.farolsantander.com.br. 

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