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Minorando o impacto do Covid-19 na economia e nos negócios

Home office mostra-se estratégia emergencial e preventiva, mas é preciso saber implantar (e gerenciar)

É desnecessário se comentar sobre a situação de emergência que afeta o mundo e sobre a necessidade de medidas e esforços conjuntos de natureza sanitária das empresas, governos e cidadãos, no sentido de evitar a maior propagação do Coronavírus e minorar seu impacto particularmente, na economia e nos negócios na sociedade brasileira.

Neste sentido, como presidente da ITA International Work Transformation Academy, sinto-me na obrigação de redigir estas notas, esclarecendo como as empresas e seus colaboradores podem contribuir, trabalhando em home office, enquanto o risco do Covid-19 continuar a existir.

A seguir, são apresentadas algumas recomendações e considerações de acordo com as minhas análises feitas consoantes os objetivos da adoção de Programa de Home Office em regime emergencial (Teletrabalho Emergencial).

Antes, vale a pena lembrar que a maneira como as empresas começaram a utilizar o home office está diretamente relacionada à urgência da prestação de serviços pelos seus profissionais ao considerar as dimensões alcançadas pelo Coronavírus, sempre ressaltando que não é nada além da execução dos mesmos serviços de um colaborador presencial na sede da empresa, desde que sejam teletrabalháveis.

Quanto à identificação de possíveis forças restritivas do uso do home office em regime emergencial a serem evitadas, verifica-se que:

- Podem haver ocorrências de problemas relacionados à segurança da informação e preservação do sigilo sobre as informações manuseadas pelos colaboradores (BYOD - bring your own device);

- Ocorrência de problemas relacionados à escassez de mão-de-obra qualificada e com perfil adequado para a execução das atividades teletrabalháveis nos home office;

- O fato do colaborador que desempenha a atividade profissional somente na sua residência, que assim passará a ter pouco contato pessoal com os demais membros da equipe e da chefia que atuam na sede da empresa. Este isolamento social, sob a ótica do colaborador, pode afetar sua atuação e desempenho, e assim o home office pode tornar-se um possível dificultador na execução de suas tarefas profissionais, muito embora possa-se suprir esta deficiência, utilizando as ferramentas de comunicações para contatos online e vídeoconferencias já existentes no mercado (Skype, Zoom, Webex).

Quanto à identificação das contribuições (ganhos e benefícios) advindas do uso do home office, estima-se que haverá:

- Ganho de produtividade do colaborador quando comparado com o pessoal que permanece na empresa;

- Possibilidade de ganho de imagem corporativa da empresa devido à atuação socialmente responsável ao tomar iniciativas que minoram a propagação do Coronavirus;

- Redução de demissões, rotatividade e do absenteísmo (minimiza-se licenças médicas, tratamentos clínicos, outros motivos de ausência);

- Possibilidades de ganhos obtidos pela empresa da continuidade nos negócios, evitando-se interrupções ao se deixar de atender aos chefes, clientes e partes interessadas das empresas (stakeholders);

- Ganho na qualidade de vida dos colaboradores devido à economia de tempo de deslocamento e redução de estresse decorrentes de menor exposição ao trânsito urbano;

- Possível contribuição à diminuição de poluentes emitidos pelos veículos, redução do caos no trânsito, todos resultados da menor necessidade de deslocamento dos colaboradores do home office até a sede das empresa e vice-versa, como ocorreu recentemente com as principais cidades da China, que foram afetadas pelo novo vírus.

Logo, em relação à adoção do programa home office em regime emergencial, recomenda-se:

- As empresas deverão gerenciar e avaliar os programas de home office que estão sendo implantados em regime emergencial, ao monitorar os seus resultados por meio de indicadores de desempenho;

- Realizar análises quanto à questão do efeito do isolamento social dos colaboradores em relação aos demais colegas e chefias da empresa, inclusive altos executivos, gerentes de nível médio, gestores de projetos, entre outros;

- Considerar que nesta estratégia de emergência os colaboradores (com o apoio das empresas) deverão buscar um equilíbrio entre vida profissional e pessoal;

- Averiguar o potencial do home office como resultado de novas possibilidades tecnológicas relacionadas às redes de banda larga, redes sociais, telepresença de alta velocidade, serviços móveis, aplicativos etc.;

- Descobrir como estas novas tecnologias da informação e comunicação podem ser aplicadas pelas distintas gerações que convivem nos ambientes corporativos ao integrá-las à gestão e à teoria organizacional (o home office é sim uma boa estratégia para minimizar o risco de contágio do Covid-19, mas a longo prazo também exerce papel importante como ferramenta para fazer a mudança organizacional acontecer em outras circunstancias não emergenciais);

- Despertar o interesse para outros tipos do home office, tais como trabalho distribuído, equipes virtuais, organização virtual, trabalho móvel, trabalho remoto ou e-work e e-collaboration.

Vale salientar que estas recomendações e considerações sobre a adoção do home office em um regime emergencial face ao coronavirus não se resume a um conjunto de dicas ou fórmulas mágicas, mas sim de um processo desenvolvido a partir de meus estudos acadêmicos (teses de mestrado e doutorado) e práticas profissionais em consultorias de implantação de home office nos últimos 30 anos.

Alvaro Mello é Presidente da ITA International Work Transformation Academy

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Fotos: Divulgação

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