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Transformação temporal e de hábitos

Dress code liberado, salas "apetitosas", Dog Day e patinetes são algumas das regalias no novo escritório do iFood, fruto de um retrofit bem-sucedido que transformou prédio da década de 1950 em um espaço que traduz o espírito jovem e inovador da companhia

Por Léa Lobo e Érica Marcondes

Conteúdo publicado em 7 de junho de 2019

Não importa se você é vegano, adepto de produtos de origem animal, ávido por fastfood ou amante de uma culinária mais saudável e cosmopolita. Em um ponto todos acabam concordando: comer é celebrar em torno da mesa, com pessoas que amamos. É dar a volta ao mundo por meio de sabores e aromas, e optar por uma maneira mais prática e ágil do alimento chegar até você é um hábito cada vez mais crescente. E é exatamente com o propósito de revolucionar o universo da alimentação por uma vida mais prática e prazerosa que o iFood contabiliza quase 18 milhões de pedidos mensais e 12,6 milhões de usuários.

Há oito anos no mercado, a empresa de origem brasileira está presente também no México e Colômbia, e atua junto aos parceiros com iniciativas que reúnem inteligência de negócio e soluções de gestão para os mais de 66 mil restaurantes cadastrados em 500 cidades em todo o Brasil. O iFood conta com importantes investidores, como a Movile – líder global em marketplaces móveis – e a Just Eat – uma das maiores empresas de pedidos on-line do mundo.    

Para as coisas acontecerem, têm papel fundamental as pessoas por trás da operação, as instalações utilizadas por elas e, é claro, a área que cuida para que tudo isso funcione de maneira eficiente, saudável e produtiva. Para entender melhor esse universo e conhecer os detalhes da obra de retrofit que foi capaz de transformar um prédio construído na década de 1950 em um espaço que traduz o espírito jovem e inovador da companhia, trazemos na Capa desta edição Guilherme Santana, Head de Facilities e Real Estate do iFood.

Ele é responsável por temas como mobilidade, hospitalidade e gestão do ambiente, saúde ocupacional e segurança. Antes de se juntar à empresa, trabalhou em diversas multinacionais, como Gafisa, Nokia Siemens Networks, Philips, Procter & Gamble, Monsanto e Bain & Company. Guilherme  é formado em Administração de Empresas pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), e possui MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Por que mudar?

Há oito anos o iFood cresce três dígitos ano a ano. Com a evolução da empresa, foi necessário encontrar um local que comportasse esse crescimento. A cidade de Osasco foi a melhor opção, uma vez que se tornou um polo tecnológico e tem recebido cada mais companhias com esse perfil.

“Ao longo de 2019, serão contratados mil novos funcionários. Por isso realizamos uma série de estudos com o objetivo de encontrar uma área que pudesse comportar o nosso crescimento e Osasco se enquadra em vários dos nossos critérios, como na característica de estrutura industrial, ou seja, tem muito espaço físico que permite que executemos o nosso plano de crescimento”, explica Guilherme sobre o estudo de viabilidade.

O projeto arquitetônico, com mais de 13 mil m² de área construída, resgata características do edifício erguido há 70 anos. Ao iniciar as obras, a equipe da IT’S Informov Arquitetura + Engenharia + Design encontrou debaixo das camadas do piso, tacos muitos bonitos que foram reutilizados no térreo. “Restauramos e utilizamos novamente em toda a área de descompressão e copas. Ficou um show. Demos o ar retrô combinado com o moderno. Todos amaram a solução!”, comemora o Diretor Comercial Murilo Toporcov, que fala também de outro elemento que reforça esse estilo dos anos 1950: a marquise em concreto, com curvas e formas orgânicas, em referência às obras do arquiteto Oscar Niemeyer. “A utilização de lajes com concreto aparente foi algo que tornou o escritório mais moderno e amplo. O ganho de pé-direito é sempre algo que contribui para uma melhor sensação de amplitude do escritório”, complementa.

“Eles foram extremamente parceiros e captaram muito bem a essência da empresa e nossos valores, traduzindo-os no projeto”, ressalta o Head de Facilities e Real Estate ao falar da empresa de arquitetura e construção.

A dinâmica dos espaços

A arquitetura como um todo foi pensada com base nos valores do iFood, que incentivam o empreendedorismo, a inovação e a simplicidade. Por isso o projeto conta com muitos espaços abertos e colaborativos para que os FoodLovers – como são chamados os colaboradores – interajam. Para metodologias mais ágeis e colaborativas de trabalho, eles contam com arquibancadas, lousas de vidro por todos os cantos e estações de trabalho open space.

Executivos, como CEO, CFO e COO, e demais diretores da empresa também se sentam em espaços abertos e podem ser acessados facilmente. A explicação é que a hierarquia existe para a organização, mas as pessoas são sempre incentivadas a criar, opinar e inovar. Elas também estão liberadas do dress code (a escolha é livre para ir trabalhar de salto, calça social, bermuda ou tênis) e ainda podem aproveitar o Dog Day. Toda sexta-feira alguém é sorteado para levar o cachorro para o trabalho. No dia, o animal ganha um kit com potes de água e ração, tapete higiênico e até um crachá de funcionário.

Os únicos espaços fechados são as áreas técnicas e salas de reunião de diferentes tamanhos. São mais de cem espalhadas pelo prédio, que refletem a atividade da companhia: todas receberam nomes de comidas que o aplicativo entrega, como a Feijoada, a Tapioca e a sala Pão de Queijo.

No térreo, como a ideia foi criar um espaço de convivência para que os FoodLovers pudessem utilizar para se encontrar e fazer pausas, o espaço conta com um barista, um “pub” com chopeira, geladeiras com cerveja, sucos e refrigerantes, snacks e até um café da manhã, mesas de pingue-pongue e pebolim, além da copa. É também nesse ambiente onde são realizados os happy hours e comemorações das metas atingidas.

“Em todos os andares há estruturas menores de copa, mas todos os snacks e bebidas ficam no térreo justamente para incentivar que os nossos colaboradores desçam e aproveitem esse espaço, pois acreditamos que fazer pausas é saudável e produtivo. No térreo, há ainda serviços adicionais como massagem, cabeleireiro e manicure. Também temos nosso espaço de videogame e redário e os nossos patinetes. E os funcionários das unidades podem contar com o serviço de fretado”, explica Guilherme.

Retrofit completo – por dentro e por fora

“Esse projeto teve uma intervenção completa. Desde a troca de telhado até infraestrutura de elétrica, ar condicionado, construção de sanitários, reforma de elevadores, interiores e fachada. Também aumentamos a área através da construção da marquise e modernização de todas as instalações. No momento de avaliação do investimento somos peça importante para a tomada de decisão do cliente. Criamos soluções e já precificamos, possibilitando os estudos de cenários. Essa agilidade do turnkey ajuda o cliente entender que muitas vezes ao economizar na reforma transfere-se o problema para a manutenção futura. O iFood se aprofundou em todas as questões e o sucesso do resultado foi o trabalho em parceria a quatro mãos”, explica Murilo.

O desafio maior, segundo ele, foi pensar em um conceito que pudesse trazer a modernidade para um edifício de 70 anos. “Projeto de retrofit precisa ser pensado com inteligência e equilíbrio. Mudar tudo nem sempre fecha a conta do investimento. Tivemos que ser disruptivos e nossa proposta atuou principalmente no térreo com a abertura de todos os caixilhos, construção da marquise, trazendo formas orgânicas que retiraram o aspecto ‘caixote’ do edifício antigo. Somente quem vê a foto do ‘antes’ é que realmente entende o quanto a arquitetura nova deu novos ares ao edifício. A marquise possibilitou áreas ao ar livre cobertas para lounges, jogos e reuniões informais. Grande parte dos caixilhos foi substituída por vidros, conferindo – além da iluminação natural – uma fantástica integração com a natureza”.

O site é 360º cercado de muitas plantas e árvores. O prazo de obra também foi algo desafiador: 84 dias para uma área total de mais de 13 mil m², chegando a ter pico de 320 colaboradores na obra.

Descarte responsável durante a obra

Desde o início, outra grande preocupação do cliente era o descarte de materiais. Com o trabalho de separação e venda dos recicláveis, arrecadou-se quase R$ 100 mil que foram revertidos para o próprio projeto. Além disso, todo o entulho decorrente da demolição de um galpão serviu para preencher o acréscimo da área onde foi construída a marquise.

Valorizar o produto imobiliário sem perder o foco no negócio

“O nosso time de Facilities Management está implementando uma nova maneira de gestão da área e uma nova cultura estratégica dentro do iFood Brasil. Hoje, nosso foco não é apenas manter sistemas, equipamentos e outros serviços funcionando, ele vai muito além disso. Nossa nova estrutura tem por objetivo principal entender as demandas das áreas de negócio, quaisquer que sejam elas, e suportar a sua estratégia”, conta o Head da área.

Segundo ele, quanto mais próximo o FM está das demais áreas, maior é a capacidade de entender as características de cada uma e, assim, conseguir antecipar as demandas com um atendimento interno bem customizado e com alto senso de dono do negócio, permitindo que os gestores possam ficar absolutamente focados em suas atividades de negócios.

“Temos um organograma extremamente matricial, baseado em dois grandes pilares: Donos de Sites e Donos de Processos. Com essa estrutura, nosso time consegue criar controles e políticas e ao mesmo tempo ser extremamente flexível para absorver com alta qualidade e velocidade demandas repentinas e antecipar possíveis problemas”, explica Guilherme.

Para contribuir na manutenção da qualidade dos serviços e da infraestrutura predial, o iFood conta com o suporte de empresas terceirizadas para segurança, recepção, serviços de limpeza, jardinagem, copa e barista, alimentos e bebidas, apoio de serviços de help desk e informática, além de manutenção de todos os sistemas e equipamentos, principais e de redundância.

A essa estrutura somam-se outros dois pontos-chaves: Business Intelligence e Inovação. O primeiro concentra enorme foco na coleta, tratamento de dados e geração de informação para a tomada de decisão estratégica. “Quanto maior a profundidade e a qualidade dessas informações, mais assertivas serão as orientações dadas às áreas de negócios. Já a inovação está no DNA do iFood, e assim como todas as demais áreas, Facilities Management está totalmente alinhada com os objetivos do core business. Por isso, o time tem fomentado, internamente, diversas iniciativas de inovação em FM voltadas para a parte de hospitalidade e de controles de sistemas e processos”, conclui ele.

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